- Sprint: Do Kansas à Fusão: A Sprint, uma gigante das telecomunicações, teve uma jornada épica de inovação e desafios, das origens no Kansas à absorção pela T-Mobile, moldando a comunicação americana por mais de um século.
- Raízes e Visão Pioneira (1899-1990): Em 1899, C.L. Brown fundou a Brown Telephone Company no Kansas, focando em áreas rurais. A empresa cresceu e, sob Paul H. Henson, construiu a primeira grande rede de fibra óptica do país. Em 1986, a GTE Sprint se fundiu com a United Telecommunications, formando a **Sprint Corporation**, adotando a marca icônica.
- Era Wireless e PCS (Anos 90): A Sprint reentrou no mercado móvel, lançando em 1995 a **Sprint Spectrum**, a primeira rede PCS digital dos EUA (CDMA). Parcerias estratégicas, como com a RadioShack, expandiram sua distribuição e alcance.
- Marketing Memorável: Campanhas como "**Sprint Sense**" (1995), com Candice Bergen, e a "Sprint Now Network" (Super Bowl 2019), com Paul Marcarelli, destacaram a Sprint, competindo em marketing e satisfação do cliente.
- Fusão Frustrada (1999) e Desastre com Nextel (2005): Uma proposta de fusão de US$ 129 bilhões com a MCI WorldCom foi bloqueada. Posteriormente, a fusão com a **Nextel Communications** por US$ 36 bilhões se tornou um "pesadelo", gerando perdas massivas (US$ 30 bilhões) devido a incompatibilidades tecnológicas e culturais, levando à perda constante de clientes.
- Liderança em Crise:
- Dan Hesse (2007-2014): Salvou a Sprint da falência iminente, melhorando a satisfação do cliente, lançando planos ilimitados e fazendo o acordo de US$ 20 bilhões pelo iPhone. Iniciou a reconstrução da rede para 4G.
- Marcelo Claure (2014-2018): Trouxe agressividade no marketing ("Cut Your Bill in Half", "Can you hear me now?"), levando a Sprint a lucrar em 2016.
- Michel Combes (2018): Buscou a fusão com a T-Mobile devido à deterioração financeira da empresa.
- Apostas Tecnológicas e Desafios Finais: A Sprint foi pioneira em PCS, CDMA e 5G, mas apostas erradas (como WiMAX em vez de LTE) e desafios financeiros contínuos para investir em infraestrutura contribuíram para sua fraqueza.
- Aquisição pelo SoftBank (2013): O SoftBank investiu US$ 21,6 bilhões na Sprint, buscando escala. Masayoshi Son tentou a fusão com a T-Mobile, que foi aprovada em 2020, gerando US$ 13 bilhões de lucro para o SoftBank.
- Fim de uma Era (2020): A Sprint foi adquirida pela T-Mobile US por US$ 26,5 bilhões em 1º de abril de 2020. A marca foi oficialmente descontinuada em 2 de agosto de 2020, e os clientes migrados até 2023.
- Legado: A Sprint, apesar de suas limitações de escala e erros de integração, deixou um legado de inovação tecnológica, flexibilidade estratégica e marketing memorável, moldando significativamente a indústria de telecomunicações americana.
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