Por Irmão Dário Angelo Baggieri
Amados irmãos, vemos na atualidade, situações esdrúxulas e de uma sordidez inimaginável campeando os horizontes da Liberdade dos Povos.
O Maçom por excelência deve se preparar para combater sem trégua, a ignorância, a superstição e a tirania.
A Nação hoje livre, amanhã poderá estar escravizada por um Estado opressor, que prive o ser humano de sua liberdade, da rígida aplicação das Leis, dos direitos fundamentais e do acesso aos bens públicos, como saúde, educação, segurança, trabalho, alimentação, moradia, etc....
Aprendemos desde sempre que não devemos ser inimigos dos governos ou autoridades, se são justos. Contudo, infeliz do Maçom que consentir tornar-se instrumento da tirania, apoio da usurpação e apologista da injustiça e do desprezo às leis que contêm as eternas garantias de Liberdade.
Mais infelizes ainda são os mandatários detentores do poder da lídima aplicação das Leis que ousam desonrá-las em nome de ideologias nefastas. Como inimigos e conspiradores contra a Pátria, um tenebroso futuro lhes é reservado.
A atuação da maçonaria ao longo da história tem sido encarada, tradicionalmente, sob duas perspectivas excludentes: a condenatória e a apologética. Nessa última perspectiva constata-se, num olhar mais apurado, que a produção historiográfica maçônica tem tido como foco o século XIX, especialmente os chamados grandes fatos históricos da nacionalidade e as disputas referentes a questão religiosa com a Igreja Católica, na crise do Império. Essa produção é marcada por uma luta simbólica pela legitimação da atuação dos pedreiros-livres como precursores, mentores e fundadores da nova nação independente, em contraposição ao tradicionalismo clerical católico que reclamava para si o lugar de fundadores espirituais da nação, nos primórdios do colonialismo e que, no contexto do ultramontanismo, entre o final do Império e o início da República, elegia a Maçonaria como inimiga número um da igreja.
Passaram-se os anos, e foi ocorrendo paulatinamente uma acomodação, não da Doutrina, mas sim dos Irmãos que estão deixando de ser protagonistas, para serem meros Assistentes e Expectadores, Comodistas dos fatos gravíssimos que estão ocorrendo no Brasil e no Mundo.
A Independência dos Poderes da República Brasileira nunca esteve tão ameaçada, como se encontra hoje, com um Poder passando por cima de tudo e de todos, interpretando as Leis ao seu bel prazer, aplicando-as de maneira corporativa e totalitária, não permitindo o menor contraditório.
A Maçonaria situa-se além do visível; sobram-lhe grandezas invisíveis. Cada parte dela, é também um pouco de alguém. Uma soma de suores, coragem, inteligência, competências, sonhos e predestinação de tantos, nos diz o Irmão Armando Righetto, em seu Livro a Maçonaria Ontem e Hoje. Quão profundas essas colocações e ao mesmo tempo praticamente não encontram eco em nossas colunas atuais. Viramos realmente um clube de serviços com todos os seus perdulários de vaidades pessoais e ostracismo de ideologia.
Todo estudo comparativo necessita de ser balizado entre dois extremos, ou seja, uma análise crítica e exegética temporal da ocorrência de cada um dos fatos e suas conotações à luz da razão, da ciência e do comportamento social, organizacional e político em cada estágio. Vivenciamos nos primórdios de nossa Sublime Instituição, ações organizadas e protagonizadas pela Maçonaria em todas as áreas, sejam elas Sócio-Político e Cultural, no Brasil e no Mundo tais como a Revolução Francesa, a Independência de praticamente todos os Países Americanos, a Libertação dos Escravos, etc...etc onde o engajamento dos irmãos era voluntário e todos trabalhavam em prol de um projeto de atuação, com Dedicação, Zelo , Engajamento e Compromisso com a Instituição e seus Princípios.
Mas o que é a maçonaria, afinal, nos dias de hoje? Como sociedade filosófica e filantrópica, a maçonaria foi fundada em 24 de junho de 1717, na Inglaterra. Hoje conta com cerca de 170 mil membros no Brasil, tr