Por muitas vezes os discípulos presenciavam Jesus se retirando para orar, e como passava horas e horas nesse exercício indispensável da vida espiritual. Isso certamente despertou neles a curiosidade de saber o que Jesus tanto falava, sobre o que ele falava? O que capacitava Jesus a passar tanto tempo em oração? Talvez os discípulos em algum momento perceberam que essa prática fazia muita diferença no ministério de Jesus e tanto isso era verdade que Jesus dedicou um tempo para explicar a maneira errada e a maneira certa de fazer isso e nos deixou um modelo.
Jesus ensina então, aos seus discípulos como se deve orar e sobre o que se deve orar, deixando para eles e para nós um modelo de oração. É um esboço, uma estrutura, nessa oração estão os princípios centrais resumidos. É a mais bela sumarização de tudo o que realmente importa para nós.
A primeira parte da oração trata-se de uma invocação: Pai nosso que está nos céus, estamos dirigindo nossa oração ao nosso pai celestial, que nos aceitou como filhos por causa do sacrifício que Jesus faria, esse pai perfeito em amor, que já conhece todas as nossas necessidades, mas anela por um relacionamento conosco.
Podemos verificar que a parte que se segue são petições relacionadas a Deus e à sua glória: santificado seja o teu nome, venha o teu reino; faça-se a tua vontade. Não importam as circunstâncias que estamos passando ou as situações que estamos vivendo, nunca devemos priorizar a nós mesmos, o nosso primeiro grande interesse deve ser Deus, a sua honra e glória.
E as outras petições são relacionadas a nós e as nossas necessidades: o pão nosso de cada dia dá-nos hoje, perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado os nossos devedores, e não nos deixa cair em tentação, mas livra-nos do mal. O suprimento das nossas necessidades físicas e espirituais, como perdão e livramento de todo o mal a que estamos expostos todos os dias, colocamos diante do nosso Pai como reconhecimento de que precisamos dEle para todas as coisas.
A oração conhecida como oração do Pai Nosso, não é necessariamente algo para ser recitado todo tempo, mas contém nas suas linhas o que deve conter no coração daquele que ora: que foi perdoado e por isso também perdoa, que é dependente por isso pede pelas suas necessidades, que reconhece que é urgente que o nome de Deus seja santificado e o seu reino manifesto.
Jesus ao ensinar esse modelo de oração estava nos dando a receita perfeita de como falar com Deus e como ser ouvido por Ele, ou seja, nos deu a chave para uma vida espiritual poderosa.
Pastora Marcela Rosa
Devocional Florescer- IEQ Sede Hortolândia- SP