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Ais dos Fariseus – Mateus 23:13-36 - Devocional 205


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Jesus agora se dirige diretamente aos escribas e fariseus, proferindo uma série de oito “ais” que são um misto de condenação, lamento e tristeza. Este episódio apresenta provavelmente as palavras mais duras de Jesus. Essas acusações não devem ser lidas como se Jesus tivesse perdido a calma e se enfurecido, a atitude de Jesus foi movida por uma justa indignação e tristeza, ao perceber que os fariseus não enxergavam a verdade de Deus e dos seus grandes pecados.
Os “ais” eram oráculos que anunciavam a condenação de Deus, ao contrário dos oráculos de salvação, que anunciavam boas novas da benção divina, como as bem-aventuranças.
Os “ais” trataram de diversos pontos, como o fato dos fariseus afastarem as pessoas do Reino de Deus, ao invés de aproximá-las dele (vs 13). Movidos pela cobiça, eles também exploravam os mais fracos, como as viúvas (vs 14).
Os escribas e fariseus realizavam um forte trabalho evangelístico, mas eles colocavam os convertidos debaixo do pesado fardo das muitas exigências de suas tradições extrabíblicas. O resultado foi que os convertidos tendiam a se tornar piores do que eles (vs 15).
Os fariseus são “guias cegos” e, para provar a cegueira deles, Jesus mostra que eles faziam juramentos tolos. Jurar por objetos inanimados, não traz nenhuma responsabilidade, pois esses objetos não irão cobrar ou castigar. Os fariseus levavam o povo a jurar por coisas que lhes dessem lucro e ganho pessoal. Porém quando fazemos um voto diante de Deus, como por exemplo o voto no casamento, estamos pedindo ao Senhor que seja testemunha daquela promessa. Deus tem poder e autoridade para ver se a promessa está sendo cumprida e para castigar (vs 16 ao 22).
A lei mosaica exigia que um décimo de tudo o que era produzido fosse dado para a obra do Senhor. Os fariseus cumpriam isso com muito rigor, tanto que davam o dízimo até das suas menores colheitas em seu jardim. Jesus não disse que eles estavam errados nisso, eles estavam fazendo a coisa certa ao dar o dízimo com tanto cuidado. O erro deles foi dar prioridade a essas coisas menores e negligenciarem os preceitos mais importantes como a justiça, a misericórdia e a fé.  Jesus diz que eles deveriam continuar dando o dízimo, mas que fizessem também o mais importante da lei, ou seja, praticar a justiça, a misericórdia e a fé. Eles não podiam coar mosquitos e engolir camelos. O mosquito era o menor, e o camelo era o maior dos animais impuros. O significado das palavras de Jesus é claro: em sua preocupação extrema com assuntos menores, eles ignoravam questões importantes (vs 23 e 24).
O que contamina o homem não é o que entra ou o que está do lado de fora, mas o que procede do seu coração corrupto (15.17-20). Primeiro, é necessário limpar o coração (SI 51.10). Os escribas e fariseus eram obcecados em obedecerem corretamente as formalidades, e em seguirem os rituais, no entanto sua vida interior era estéril. Eles prestaram muita atenção nos rituais, mas deixaram de prestar atenção em seu coração. Práticas exteriores não podem mudar o homem, apenas a renovação do coração produz uma mudança verdadeira (vs 25 e 26).
Embora os escribas e os fariseus tivessem uma boa aparência de zelo, fé e piedade, eles estavam espiritualmente mortos por dentro. Segundo as palavras de Jesus eles estavam cheios de hipocrisia e maldade (vs 27 e 28). Os escribas e fariseus fingiam honrar os profetas, adornando os seus sepulcros e dizendo: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos solenes pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas! Em outras palavras, afirmavam ser mais sábios, humildes e piedosos que seus ancestrais. Porém ao conspirarem contra Jesus, eles mostraram que eram exatamente como os seus ancestrais que haviam assassinado os profetas de Deus (vs 29).
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