Coração Ciborgue

Angela de espiral de tinta


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Entre quadros e paredes claras,
dois sorrisos se encontram, firmes.
Entre histórias, duas vidas se cruzam:
pulsos em compasso, ritmos em sincronia.

Um com alma exposta, outro guardada,
uma amizade de velhos tempos.
Idades divergem, corações convergem.
Um gesto simples — braço no ombro —
faz do instante uma eternidade,
congelada na fotografia.

Na moldura dourada, flores vermelhas;
na moldura dourada, um coração escondido.
Rostos dissolvem-se em espirais,
uma mulher que se deixa perder na própria arte.
Como se a tela fosse testemunha
do que o afeto pinta sem pincel,
do que o tempo grava sem moldura.

Na mão, um livro repousa,
palavras de Einstein —
senhora e senhor do tempo,
curvando realidades invisíveis,
fazendo do passado presente,
criando emoções que antes não existiam,
mas respiram aqui.

E aqui não há física:
há a gravidade do humano,
há aquilo que nem Einstein explica,
há o túnel do tempo da memória,
há o peso leve da amizade —
força capaz de distorcer o espaço,
gerando mundos que só existem
quando dois se encontram.

E a foto, discreta, murmura:
não é o quadro, nem o livro,
nem mesmo o instante.
É a vida que insiste em florescer —
em florescer como arte,
arte digital sobre a tinta,
arte do humano sobre o tempo.

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Eu sempre gostei de poemas, e sempre tive um violão, a IA traz de volta algo antigo em mim. Uso IA para criar poemas, música e mais.


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Coração CiborgueBy Jorge Guerra Pires