Olá, antidesigners!

Neste programa, Ivan Mizanzuk, Marcos Beccari, Marcus Quintaes e Pablo de Assis continuam seu papo sobre o psicólogo James Hillman. Desta vez, nos aprofundamos nas suas ideias e conceitos acerca do funcionamento do Imaginal, dos vários “Eus” que nos compõe, do funcionamento da Alma, além de um relato pessoal que o Marcus Quintaes tem em relação aos seus encontros com Hillman.

Alguns recados importantes:

I. O áudio do Pablo às vezes falhou um pouco, pois a conexão dele no dia não estava das melhores. Tentamos fazer o melhor possível na edição, e acreditamos que dê para entender legal.

II. Muitas vezes, os participantes se referem ao conceito de “Alma” do James Hillman. Pelo termo, não deve-se entender como algo metafísico, no sentido reliogioso do termo, mas sim, de acordo com sua raiz grega: “alma”, em grego, é “psique”, da onde vem o termo “psicologia”, ou seja, “o estudo da Alma”. É mais ou menos por aí que o conceito de Alma em James Hillman opera.

III. Por último, também mencionamos, em certos momentos, o trabalho de Jung e Hillman acerca da Alquimia. Muitos conhecem “Alquimia” como a prática medieval que buscava transformar Chumbo, e outros metais menos nobres, em Ouro. No nosso caso, nos baseando no trabalho de Jung e Hillman, estamos nos referindo à Alquimia como uma prática de espiritual que busca o auto-conhecimento. Seguindo Jung especificamente, o modelo de trabalho da Alquimia Medieval, ao tentar estudar a matéria, acabava por funcionar como um processo de auto-análise, já que o alquimista, supostamente, projetava na matéria desconhecida a sua Psique, gerando assim Imagens sobre a profundidade de sua alma. Ou seja, quando falamos de alquimia, não estamos sugerindo a transmutação literal do Chumbo em Ouro, mas sim um sentido figurado: o Chumbo seria a Alma humana, enquanto que o Ouro representaria o mais alto grau de evolução espiritual, a união com um Deus – em outras palavras, o autoconhecimento pleno.