A polêmica sobre privacidade e o uso de dados de geolocalização para contenção da pandemia se instalou a partir de medidas anunciadas por diferentes autoridades no Brasil. Em cada uma delas, a legitimidade e utilidade de informações sobre onde estão as pessoas estão no centro da conversa: a depender da aplicação da tecnologia e do tratamento de dados realizado, esta capacidade de rastreamento pode revelar padrões de movimentação ou mesmo onde esteve um indivíduo específico e com quem ele teve contato. Com isso, torna-se possível saber a efetividade de medidas de distanciamento social ou mesmo a probabilidade de alguém ter adquirido o vírus para controlar os seus movimentos. O que são essas medidas, e por que tanta gente está dizendo que elas envolvem riscos? Como fica a privacidade dos cidadãos no meio da pandemia da COVID19?

Neste programa, debatemos com Ana Beatriz Felicio, repórter da Agência Mural, e Diogo Moyses, Coordenador do Programa de Telecom e Direitos Digitais do IDEC, o acesso e a qualidade do acesso à Internet durante a pandemia. Desde o início das orientações de isolamento e distanciamento social, crianças começaram a ter aulas online, adultos começaram a fazer teletrabalho, encontro com a família virou videoconferência, diversão virou streaming. De um lado, isso tem implicações técnicas — você sentiu a sua internet diferente? De outro, as implicações são sociais e econômicas — e quem não tem acesso, ou tem um acesso muito limitado? O debate do acesso e da qualidade do acesso à Internet envolvem importantes questões regulatórias, e um diagnóstico de que a chamada “brecha digital” implica também o aprofundamento de desigualdades já existentes.  

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Neste episódio do Projeto Antivírus, receberemos Jaqueline Goes de Jesus, pesquisadora da Faculdade de Medicina da USP, que coordenou a equipe que sequenciou o genoma da COVID-19 no Brasil, e Sarita Albagli, professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação do IBCIT com a UFRJ, que pesquisa e discute a democratização do saber para debater o que são políticas de acesso aberto e ciência aberta, que se opõem aos modelos tradicionais de produção e disseminação científica, a relação dessas políticas com a propriedade intelectual, o papel da colaboração nas práticas de pesquisa, e onde o Brasil se encontra em tudo isso.

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Neste primeiro programa, debateremos com Fernando Gallo, gerente de políticas públicas do Twitter Brasil, e Paula Soprana, repórter da Folha de São Paulo, sobre os desafios das plataformas e imprensa em lidar com desinformação (as famosas fake news) durante a pandemia.

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