Um cristão não pode ser mais progressista ou conservador do que cristão. É impossível que a igreja não tenha nada a dizer para ambas as correntes ideológicas. Progressistas e conservadores têm do que se arrepender. A santificação não visa tornar o cristão nem uma coisa nem outra. A meta do ensino não é empurrar o cristão na direção de uma linha ideológica ou outra.

Essa mensagem faz parte da série de pregações expositivas sobre a Carta aos Filipenses.

“Para uma igreja que ama com amor sacrificial, o tema do culto presencial deve manter uma relação de subserviência ao chamado para dar a vida pelos que ainda não conhecem a Cristo. Uma igreja incapaz de abrir mão do que ama a fim de não causar escândalo e assim cumprir sem impedimento sua missão redentora não está reproduzindo a vida de Cristo”.

A igreja pode se transformar num covil de homicidas, capazes de banir da própria igreja a sua razão de ser.

Por isso, temos de fazer uma separação entre Deus e religião. Pode ser que a bronca que você tem com Deus resulte do contato com a caricatura da divindade feita por pessoas que se dizem cristãs. Se você conhecesse o Deus revelado por Cristo, por ele se encantaria.

Sei que estou trazendo uma mensagem muito dura, pesada, negativa. Contudo, estou certo de que devo expressar minha perplexidade diante do que vejo no nosso país.

Podemos celebrar o Golpe Civil-Militar de 64?

Levei um corte no coração. Perdi um amigo pastor, que decidiu abreviar a sua vida.

Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois com o critério com que vocês julgarem vocês serão julgados; e com a medida com que vocês tiverem medido vocês também serão medidos”. Mt 7: 1-2

Orar sem agir significa usar em vão o nome de Deus.

Se você e eu nos calamos perante os descaminhos do governo Bolsonaro, na próxima vez que assistirmos a um documentário sobre o Nazismo, não culpemos aqueles que recusaram-se fazer oposição política a Hitler. Não vibremos, por exemplo, com as cenas que mostram soldados americanos indo nas residências trazendo na marra alemão para visitar os campos de concentração, ignorados por aquela geração.

Não estou comparando regimes. Estou ressaltando o fato de que existe a culpa política.

Como pregar sem dividir ainda mais a igreja em dias de tamanhos conflitos políticos?