O terceiro ciclo de visões (12.1-14.20), consiste basicamente em histórias de personagens simbólicas chaves: o dragão, a mulher, a besta, o falso profeta, os 144.000, os mensageiros angelicais e o Filho do Homem, e essas visões conduzem a segunda vinda (Ap. 14.14-20).

Os dois ciclos de visões anteriores concentram-se nos juízos vindos do trono de Deus. Esse ciclo, porém retrata em profundidade a natureza do conflito espiritual. Aparecem personagens em forma simbólicas para representar as forças dos dois lados de uma batalha espiritual.

No versículo 3, o personagem "um dragão, grande, vermelho", é identificado como Satanás, o diabo, no versículo 9. A imagem do dragão retrata Satanás no seu monstruoso poder e grande inimizade contra Deus. Satanás sempre se opôs aos planos de Deus e foi repetidamente derrotado pelos grandes atos do poder salvífico de Deus (Gn 3.1,15; Sl 74.13-14; Is 27.1; 51.9-10; Ez 29.3; Lc 10.18; 11.14-23; Jo 12.31; Cl 2.15). Ele se levanta contra o Messias (v. 4-5) e seus servos (v. 17), mas será finalmente entregue à punição eterna (Ap. 20.10).

O versículo 5 narra o nascimento de "um filho varão". Em cumprimento a Miqueias 5.3, Cristo nasceu e seu governo triunfante será estabelecido sobre as nações, como foi afirmado pela sua ressurreição e ascensão.

Nos versículos 7-12, a vitória de Cristo (v. 5) resulta em consequências assoladoras, começando pela expulsão de Satanás por Miguel, agente de Cristo. A passagem não fala da queda de Satanás na época da criação, mas da sua derrota na crucificação e ressurreição de Cristo (v.12; Jo 12.31; Cl 2.15).

Nos versículos 13 a 17, o dragão, tendo falhado em destruir Cristo (v. 4-5), tenta destruir o povo de Cristo. Usa a boca, representando o engano (v. 15,17; 2Ts 2.9-10). Quando o engano falha, ele empreende com poder perseguidor (12.17-13.10). Satanás persegue com ódio mortal todos os que "têm o testemunho de Jesus" (v. 17), ou seja, todos os que perseveram em fidelidade e obediência ao evangelho enquanto estão sob o ataque persistente de Satanás. A arma do dragão é a "besta" que emerge do mar para lutar contra os santos (13.2,7).

Destaco o versículo 11 ao finalizar a reflexão de hoje:

“Eles o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo diante da morte, não amaram a própria vida.”

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Os crentes vencem a batalha por meio da Vitória de Cristo e não por seus próprios méritos. O fato de sempre testificarem de Cristo e da Palavra de Deus, isso os fortalecem com poder para enfrentar o desafio do mal, dia após dia. E por fim, as vitórias espirituais pertencem àqueles que se dedicam totalmente a Deus (Rm 12.1).

Pra. Nathália F Tonezer