As sete taças da ira de Deus têm uma grande semelhança com as dez pragas sobre o Egito, bem como uma profunda conexão com as sete trombetas.
Enquanto as trombetas eram alerta de Deus ao mundo ímpio, as taças falam da cólera consumada de Deus. As trombetas são uma advertência, enquanto as taças falam da consumação da ira de Deus sobre os ímpios.
Nas trombetas a ira de Deus estava misturada com a misericórdia, mas nas taças vemos a ira de Deus sem mistura. Quem se recusa a ser admoestado pelas trombetas do juízo (Apocalipse 8-11), é destruído pelas taças da ira (Apocalipse 15-16).
O primeiro flagelo: A terra é atacada (Ap 16:1-2)
Esse primeiro flagelo não é mais advertência, mas punição. Todos os que não têm o selo de Deus, são marcados pela besta. Não há meio-termo. Quem não é por Cristo, é contra Ele. Não há neutralidade em relação a Deus.
No tempo do fim, a religião não será mais algo nominal: todo mundo terá de declarar lealdade a Cristo ou ao anticristo.3 Os adoradores da besta recusaram ouvir as advertências, agora, eles estão sofrendo inevitavelmente as consequências: são atormentados.
Com respeito aos crentes em Cristo, as aflições da carne não são taças da ira de Deus (Rm 8:28). Essas aflições só atingem os adoradores da besta.
O segundo flagelo: O mar é atacado (Ap 16:3)
O mar se torna em sangue. A destruição não é apenas parcial, mas total. A destruição não é apenas ambiental, mas a vida acaba-se no mar. Para esse flagelo não há limites, todas as criaturas do mar morrem.
O terceiro flagelo: Os rios são atacados (Ap 16:4-7).
As fontes das águas e os rios transformam-se em fontes de sangue. A última aparição do altar foi no quinto selo, quando as almas dos santos clamavam debaixo do altar pela vindicação da justiça divina. A primeira parte da resposta de Deus àquela oração foi enviar, no lugar de punição, uma advertência com as trombetas. O quarto flagelo: O céu é atacado (Ap 16:8-9)
Os pecadores que não se arrependeram quando o sol escureceu são agora punidos mediante a intensificação do calor do sol. O escurecimento do sol eles podiam perceber e ignorar; quanto ao calor, nada podem fazer a não ser senti-lo. Nessas circunstâncias, a presença de Deus é reconhecida, mas somente para ser blasfemada e não para ser reverenciada.
O quinto flagelo: O tormento (Ap 16:10-11).
Deus punirá os homens que não se arrependerem através da terra e do mar, através da água e do fogo, mas Ele fará mais do que isso. Quando o quinto flagelo é derramado, todo o sistema humano é lançado em completa desordem.
O trono da besta é o maior golpe de Satanás. Ele invadiu toda a estrutura da sociedade humana, fazendo uma sociedade sem Deus. O reino da besta está em oposição ao reino de Cristo. É sobre essa imponente estrutura que o quinto flagelo é derramado e daí a confusão. Os seguidores da besta sofrerão, mas não calados; eles blasfemarão. Os ímpios não são transformados por meio do sofrimento, ao contrário, se fazem ainda mais iníquos.4 Novamente não há qualquer traço de arrependimento. Eles preferem morder a língua a gritar: nós pecamos!
Quanto mais severos os juízos, tanto mais duros os corações. Existe somente um único caminho de volta para Deus: “ninguém vem ao Pai senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Quem não vem pela graça, não vem de modo nenhum. O sexto flagelo: A destruição (Ap 16:12-16)
Apocalipse 16:16 nos fala do Armagedom: lugar de muitas batalhas decisivas em Israel. Armagedom é um símbolo, mais do que um lugar. Fala da batalha final, da vitória final, quando Cristo virá em glória e triunfará sobre todos os Seus inimigos.
O sexto flagelo é o último estágio da punição divina. Quando Satanás percebe que a sua derrota é inevitável, ele incita as nações contra Deus. Nessa batalha final Jesus esmaga todos os inimigos debaixo dos Seus pés. É o fim. É o Armagedom.
Armagedom é quando os homens que rejeitaram a Cristo terão que vê-lo na Sua majestade. Eles lamentarão sobre Ele.