Antes de entramos no capítulo 18 vemos em Apocalipse 17 o início da reta final, pois começa a descrever o acerto de contas de Deus com os inimigos de Cristo, antes de revelar o estabelecimento final do Reino de Deus.
Há cinco inimigos apresentados no livro que precisam ser vencidos: (1) o dragão (satanás); (2) a besta que surge do mar (anticristo ou governo anticristão); (3) a besta que surge da terra (falso profeta, filosofias e sabedoria terrenas); (4) os homens que portam a marca da besta (perseguidores hostis);
E (5) Babilônia ou a grande prostituta (sedução que visa destruir a pureza dos santos). Cada um deles será derrotado.
A primeira vez que a palavra Babilônia aparece no Apocalipse, foi para anunciar a queda dela (14:8). A última vez que aparece (18:21), é para declarar a sua derrota total e final.
O anjo de Deus desceu do céu e declarou: “Caiu! Caiu a grande Babilônia” (18:2). Seguiu-se o coro dos habitantes da terra lamentando a queda da grande meretriz. Os reis, os mercadores e os marinheiros repetiam o mesmo refrão: “Ai! Ai da grande cidade” (18:10,16,19). A cena final deste capítulo descreve a cidade, antigamente grande e ativa, tomada pelo silêncio de uma tumba. A Babilônia, por se exaltar e por se colocar em oposição a Deus, foi jogada no mar e totalmente derrotada pelo Senhor. E os santos, os fiéis que não cederam às pressões da perseguição, celebraram a vitória da justiça divina.
• A Babilônia será desmascarada (Ap 17.1-18)
• A Babilônia será destruída (Ap 18.1-24)
• A Babilônia será desdenhada (Ap 19.1-10)
Mas, quem é a Babilônia? É tudo aquilo que fascina, que tenta, que seduz, que entorpece e arrasta as pessoas para longe do culto a Cristo. Dessa forma, pode ser qualquer coisa, boa ou ruim em si — religião, bens, prazeres, poderes, privilégios, coisas lícitas ou ilícitas deste mundo. João, em sua primeira carta, coloca desta forma:
1Jo 2.15-17 Não amem o mundo – a Babilônia [parem já!] nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo [Babilônia] — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
A história daquela que será desmascarada, destruída e desdenhada, portanto, nos faz três advertências: não viva pelo que você vê, mas pelo que você ouve da Palavra de Deus (Ap 19.10), saia deste mundo enquanto é tempo, fuja da cidade da destruição e louve a Deus com corpo, alma e coração. Afinal: “Felizes os convidados para o banquete do casamento do Cordeiro!” (Ap 19.9).
Essa descrição está particularmente ligada aos momentos finais da presente era e a tão gloriosa segunda vinda de Cristo. É nesse momento que a Babilônia é representada figuradamente por uma mulher.
Enquanto Babilônia cai, a Nova Jerusalém se levanta em grande esplendor. Enquanto a prostituta é despida e desonrada, a noiva do Cordeiro aparece ataviada, adornada e vestida de linho fino, resplandecente e puro. Enquanto a falsa Igreja está condenada, a verdadeira Igreja está justificada.
Para finalizar, quero destacar o vers. 18:4 E ouvi outra voz do céu que dizia Sai dela, povo meu, para que não sejais participantes dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas.
Este versículo é um convite à santidade. É um aviso para que não caiamos nas armadilhas da sedução do mundo. É um alerta de que a Babilônia está empenhada em tentar destruir a pureza dos santos. Nestas breves palavras somos aconselhados a não nos conformarmos com este mundo, tal como o Apóstolo Paulo nos escreveu em sua Carta aos Romanos (cap. 12:2). Aqui cabe uma reflexão pessoal para cada um de nós.