“Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.” Vers. 40
Antes de qualquer um realizar algum trabalho é importante estar preparado sabendo das dificuldades que encontrará. Para preparar os discípulos, Jesus diz no versículo 34: “não penseis que vim trazer paz a terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim trazer divisão entre o homem e seu pai, entre a filha e sua mãe, entre a nora e sua sogra. Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa.” Essa é uma citação do livro de Miquéias 7.6.
Para compreendermos o nível de comprometimento que o discípulo deve ter com Jesus, nada mais forte do que pensarmos nas pessoas que mais amamos, nossos pais e filhos, nossa família. Ainda diante de figuras tão importantes, Jesus deve ser mais importante do que elas.
O evangelho tem como finalidade nos levar a ter paz com Deus, mas o seu resultado imediato muitas vezes é o conflito. Se há um conflito em que sou obrigada a escolher entre fazer a vontade das pessoas que eu amo ou a vontade de Deus, como discípulo, não devo recuar, mas permanecer firme na vontade daquele que me chamou.
Até mesmo as coisas que mais amamos neste mundo precisam ser secundárias para nós, como Jesus diz no versículo 37: “quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim...”
O conflito que alguns de nós enfrentou quando decidiu por Jesus foi com a nossa família, a conversão a Cristo pode resultar em um abalo nos relacionamentos, pode resultar em perseguição e em certos lugares até a morte. Como discípulo faz parte o estar disposto e preparado para enfrentar, sem recuar, cada uma dessas dificuldades.
No versículo 38 Jesus fala sobre a necessidade de tomar a cruz, Ele fala sobre o extremo da renúncia, da renúncia da própria vida, da própria dignidade. Ele melhor do que ninguém pode falar sobre isso, pois renunciou até a morte, por amor a nós.
Embora as dificuldades sejam grandes, os discípulos são embaixadores de Cristo, onde eles pisam os seus pés estão representando o próprio Jesus. Não é pouca coisa, é como se o próprio Deus estivesse ali. O discípulo possui o poder e a autoridade de Deus e quem os recebe está recebendo o próprio Jesus, não é maravilhoso?
Embora Jesus estivesse falando com os seus discípulos, nós somos os discípulos de agora com a missão de fazer o reino de Deus conhecido. A autoridade e poder estão disponíveis para nós da mesma maneira que estava para eles, talvez o que nos falte para viver as experiências que eles viveram esteja no fato de que poucos estamos dispostos a pagar o preço que eles pagaram. Meditemos nisso e oremos para que o Senhor venha nos ajudar a ser esse tipo de discípulo.
Pastora Marcela Rosa
Devocional Florescer- IEQ Sede Hortolândia- SP