Em As intermitências da morte, do escritor português José Saramago, encontramos uma história inusitada: e se as pessoas parassem de morrer? É assim que começa esse livro. Para Wodisney Cordeiro dos Santos, no seu artigo intitulado Uma pausa na finitude humana em As intermitências da morte de José Saramago, a obra pode ser classificada como “realismo maravilhoso” (realismo fantástico/realismo estranho), uma vez que a presença do sobrenatural é harmoniosamente explorado em uma narrativa com quadros do real.

Além disso, é possível encontrar a morte como uma das personagens da trama, cujo teor filosófico apresenta um tom fabular, uma vez que o próprio narrador chama seu texto de “relato” ou uma “inverídica história”. É assim que nos deparamos com uma obra magistral em que a ideia da morte deixa seu aspecto sério, pois amedronta a muitos, e se torna algo mais simples. Ainda é possível analisar a obra sob uma perspectiva de como a arte e o amor permitem a imortalização, bem como o viver como um “aprender a morrer”. Eis o convite para conferir o episódio e ler esse livro incrível de José Saramago.

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Textos consultados:

Fabular é aprender a morrer: As intermitências da morte, de José Saramago (Marcelo Lachat) - https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/173056/162379

Uma pausa na finitude humana em As intermitências da morte de José Saramago (Wodisney Cordeiro dos Santos) - http://www.revlet.com.br/artigos/70.pdf

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Direção e Conteúdo: Suzane Madruga

Produção e Edição: Glenio Madruga