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AS QUINZE COLUNAS DO TEMPLO


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Por Ir.’. Valerio de Oliveira Mazzuoli
No interior de um Templo Maçônico que adota o REAA encontram-se doze colunas zodiacais, estando seis ao Norte e seis ao Sul. No pórtico do Templo, do lado exterior, há duas grandes colunas de bronze (colunas “B” e “J”) de trinta e cinco côvados de altura, doze de circunferência e quatro de diâmetro, com um capitel sobre cada uma, com cinco côvados de altura cada qual, conforme as conhecidas medidas bíblicas.
Há, portanto, nos Templos que adotam o REAA, quatorze colunas aparentes, somando-se as colunas “B” e “J” externas às doze colunas zodiacais internas. Tais colunas têm significado e simbolismo ímpares, sendo sobremaneira abrangente o seu campo de estudo e os significados que cada qual apresenta.
No que tange às colunas zodiacais, a sua investigação é emblemática na tradição maçônica, por trazer à luz o conhecimento sobre as fases da vida humana e da passagem de um grau simbólico a outro, partindo da iniciação, passando pelo companheirismo e chegando ao mestrado.
Trata-se da investigação sobre o duodenário, que representa a divisão mais antiga e natural do círculo. Em termos geométricos, o duodenário está formado por dois diâmetros que se cruzam em ângulos retos e por quatro arcos, de raio idêntico ao da circunferência, traçados e tendo como centro os pontos extremos da cruz.
Essa é uma divisão que completa o ciclo do ano, com doze meses, certo de que cada mês guarda uma representação zodiacal própria. O iniciar e o findar de um ano representa o ciclo da vida dividido em etapas, que se renova a cada final de dezembro e início de janeiro, e assim por diante.
O planeta Terra faz o seu movimento de translação, que é aquele realizado em torno do Sol, com duração de 365 dias, 5 horas e 47 minutos, movendo-se a uma velocidade orbital média de 29,78 quilômetros por segundo. Pelo fato de o ano civil ser contado em dias, a cada quatro anos realiza-se o chamado ano bissexto, que compensa as quase seis horas anuais não computadas na divisão dos dias. Daí o motivo de ser acrescentado mais um dia (29 de fevereiro) ao calendário gregoriano.
O duodenário zodiacal fixa-se em símbolos que representam cada qual das doze divisões do ano, baseados em animais (v.g., Áries, cujo símbolo é um carneiro; Câncer, cujo símbolo é um caranguejo), em seres mitológicos (v.g., Sagitário, cujo símbolo é um centauro) e outros seres animados (v.g., Gêmeos e Virgem), à exceção apenas de Libra, cuja representação é um objeto (balança).
Importa também esclarecer que o duodenário zodiacal tem estreita ligação com sete astros, que se ligam aos signos agregando-lhes potência e vigor, na seguinte ordem:
SOL Leão
LUA Câncer
MERCÚRIO Gêmeos e Virgem
VÊNUS Touro e Libra
MARTE Áries e Escorpião
JÚPITER Peixes e Sagitário
SATURNO Aquário e Capricórnio
Como se não bastasse, cada um dos signos do zodíaco comporta as características e vibrações intrínsecas de um dos quatro elementos da natureza, na seguinte divisão de quatro (elementos) por três (signos):
FOGO Áries, Leão e Sagitário
TERRA Touro, Virgem e Capricórnio
AR Gêmeos, Libra e Aquário
ÁGUA Câncer, Escorpião e Peixes
Portanto, os signos zodiacais são compostos de dois pilares fundamentais, sendo o primeiro um dos sete astros referidos (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno), e o segundo um dos quatro elementos da natureza (fogo, terra, ar e água). Essa combinação entre astros e elementos da natureza caracteriza e atribui significado próprio a cada um dos signos, os quais também passam a emprestar à tradição maçônica as suas respectivas interpretações.
Ademais, quando se analisa a personalidade de cada indivíduo, percebe-se que, de fato, as características presentes nos signos – completadas pelas suas relações com os astros e os elementos da natureza – transpõem-se, em certa medida, para os seres humanos, ainda que cada qual se distinga um dos outros pelas suas ações e atos, nem sempre pautados por conexões astrais. No entanto, não há dúvidas de que os signos (
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