Olá, meu nome é André Carvalho e você está ouvindo o devocional edificai

Estavam todos na Festa de Pentecostes, e havia muitos judeus em Jerusalém de todas as partes do mundo. Os judeus in crédulos vindos da Ásia, ao verem Paulo no templo, movidos pelo preconceito inflexível e pela violência, numa atitude completamente diferente dos líderes da igreja de Jerusalém, alvoroçaram o povo e prenderam Paulo com violência.

Com uma acusação falsa (21,28-30). Esses judeus asiáticos espalharam boatos sobre Paulo. Os boatos normalmente alimentam-se de meias-verdades, preconceitos e mentiras. Esses mentirosos levantaram três acusações contra Paulo: acusaram-no de ensinar a todos a serem contra o povo, contra a lei e contra o templo.

Paulo pregava que Cristo era o fim da lei (Rm 10.4), não há evidência de que a atividade persuadisse os cristãos judeus a abandonar a circuncisão dos filhos ou os costumes judaicos.

Quanfo pregou em Corinto, Paulo defendeu os hábitos judaicos a respeito das mulheres que deviam ter a cabeça coberta no culto (ICo 11.2-16). Já vimos que Paulo mandou circuncidar Timóteo (16,3), e, conforme Atos 18.18, ele mesmo fez um voto judaico nazireu. A acusação, portanto, não tinha substância.

Paulo sempre respeitou a tradição.

Antes de investigar a veracidade das acusações e antes de oferecer ao acusado chance de defesa, os judeus tramaram matá-lo. Embora não haja como comparar os sofrimentos de Cristo com os sofrimentos de Paulo, Lucas coteja o que Cristo enfrentou em Jerusalém com os sofrimentos de Paulo. Ambos foram rejeitados pelo povo e presos sem motivo; ambos foram acusados injustamente e prejudicados por testemunhas falsas; ambos apanharam no rosto diante do tribunal; ambos foram vítimas de planos secretos dos judeus; ambos ouviram o barulho aterrorizante de uma multidão que pediam para matá-los.

Foi providencial o comandante Cláudio Lísias ter sido informado do motim e imediatamente se dirigiu à praça do templo com sua soldadesca, abortando a intenção dos judeus. Localizada na fortaleza Antônia, quartel-general da força de ocupação romana, ao noroeste do templo, era suficientemente alta para manter vigilância constante sobre os distúrbios embaixo, e dois lances de escadas a ligavam com o átrio dos gentios. Os judeus cessaram de espancar Paulo quando o comandante mandou acorrentá-lo, para saber quem era e o que havia feito o prisioneiro. Nesse meio tempo a multidão ensandecida gritava de forma desordenada sem saber o porquê contra o apóstolo. Por essa razão o comandante mandou recolher Paulo à fortaleza para não ser despedaço.

Ao ser levado para a fortaleza, Paulo pede permissão para falar à multidão amotinada. O comandante imaginava que Paulo fosse o egípcio que havia aliciado quatro mil sicários. Paulo responde declarando ser um judeu natural de Tarso, importante província do Império. A multidão silencia, e Paulo dirige-se a seu povo em língua hebraica.

Todos esses acontecimentos levam Paulo a ter a oportunidade e coragem de ficar em frente de uma multidão e mesmo assim levar a pregação do evangelho, sendo esse um grande chamado de hoje para os filhos de Deus, que possamos aprender que mesmo diante de grandes dificuldades ou até diante da morte devemos manter firme a nossa fé em Cristo e declarar a verdade do evangelho a todos.

Que o Senhor possa nos abençoar e nos encorajar a termos as mesmas atitudes que Paulo teve diante de todas nossas dificuldades Amém.