É necessário dar frutos no tempo presente.

Nossa vida é como uma relva, é breve. E na finitude, precisamos aprender a dar longevidade para o temporário.

Aqueles que sabem contar seus dias buscam ser a pura manifestação do Espírito Santo de Deus na terra, até que possamos observar na igreja as mais puras essências de Cristo no hoje.

O justo viverá pela fé, e o homem que nasceu de novo agora entende que a fé é uma forma de caminhar por toda a vida, e não uma barganha ou um recurso para usar em momentos de necessidade. Homens fiéis se assemelham ao Cristo, que andando em fidelidade, alcançam o propósito e cumprem o trabalho para o qual foram chamados.

O novo nascimento vem do Espírito, onde coisas não são necessárias, assim como Jesus diz a Nicodemos, mas a obra de Deus no homem que é capaz de gerar filiação e instituir herança no reino vindouro. Os que nascem pelo Espírito não tem raízes terrenas, são soprados como o vento e levados por Cristo, sendo filhos de mãos leves que sabem de onde vieram e para onde vão.

Nosso modo de pastorear apresenta quem Deus é, e essa manifestação vem do lugar de intimidade com Cristo, porque Ele andava em semelhança com o Pai. A verdadeira paternidade só pode ser expressa quando há um lugar profundo de comunhão com o Deus que expressa família, assim como Cristo, que é conhecido pelos frutos que parecem com o Pai.

Decreto, ambiente e mesa é o que regia a dinâmica do Éden e, consequentemente, da queda. O ambiente só é contaminado quando a mesa corrompe o decreto. E esta, na qual nos sentamos, diz muito sobre qual pão será servido e qual decreto será obedecido ou ofendido. A igreja começou a olhar para os decretos do Senhor como passíveis de escolha, não como ordens.

Precisamos promover ambientes que germinem os frutos do espírito nas mesas, não só com palavras mas com a nossa vida.

Um dos grandes problemas da nossa geração é nos perdemos com aquilo que é lícito, pois acabamos nos prendendo a coisas passageiras e as tendo como nosso fim. O convite de Jesus é pra que estejamos com nosso olhar e mente acima do sol.

No Éden, Deus criou Adão como um filho com a consciência de Cristo. Adão não vestia roupas pois seu corpo estava vestido pelo seu espírito, que por sua vez, estava vestido pela sua consciência. Depois da queda, antes de sair do Éden, Adão havia saído primeiro do seu lugar de consciência em Deus, resultando na nudez, uma vez que não estava mais coberto por uma mentalidade do alto. O pecado foi a ruptura da imagem com a semelhança, e Cristo veio para rasgar de alto a baixo o véu de entendimento que cegava o homem.

O avivamento, bem como a palavra, precisam daquilo que Jesus chama de novos odres. Todo vinho novo derramado sobre uma estrutura que não suporta, gera desperdício e destruição.

Decreto, mesa e ambiente, esses são os lugares em que forjam o homem de Deus.

Desde o princípio, os decretos são a palavra absoluta de Deus, irrevogável e inegociável. Deus fala com homens de forma individual, mas os decretos comunicam com todo o povo, sendo suficientes para edificar e consolidar o caminho em que estamos trilhando. Na mesa, os decretos são lembrados e regados para que assim o homem dê frutos, e o ambiente é a estufa que protege e guarda essas sementes.

Diante dos muitos eventos que a vida pode nos proporcionar, a presença de Deus não pode se tornar mais um deles. A caminhada do evangelho nos impele a viver através de fundamentos, e tais alicerces só podem ser gerados a partir de um relacionamento íntimo com o Senhor. Por isso, Cristo nos convida a uma vida constante em amor e temor, porque só zelam aqueles que são íntimos e reconhecem que precisam viver debaixo da opinião do Altíssimo.