Ansiedade infantil no Brasil cresceu 27% nos últimos cinco anos. É o que mostra estudo do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas. Além disso, foi observado que, principalmente crianças com menos de 10 anos, apresentam manifestações significativas de ansiedade.
Os pais devem ficar em alerta quanto ao comportamento de seus filhos para perceber se eles estão apresentando indícios da doença. O professor da UFC e psicólogo Ilo Coelho fala sobre os sintomas : "A principal evidência em termos de ansiedade seria aqueles sinais clássicos de ansiedade. A pessoa fica inquieta, ela pode dormir menos, ela pode comer mais, ela pode ficar repetindo preocupações com relação ao futuro ou mudanças de hábito. Costuma ir para o colégio, não quer ir mais para o colégio, costuma ter uma rotina, não tem mais aquela rotina, coisas do tipo".
Ilo Coelho, professor da UFC e psicólogo, explica como os pais devem agir quando observarem a manifestação da ansiedade em seus filhos: "A primeira recomendação e o mais importante é que os pais levem ele a uma especialista. Então pode ser um psicólogo, pode ser um psiquiatra, talvez não um psiquiatra de início, mas um psicólogo, ou até mesmo um clínico geral. O importante é identificar o tratamento adequado para essa ansiedade. Não se sabe se seria um transtorno ou só alguma coisa passageira pontual. O melhor é um profissional da área avaliar isso. Então o que deve mudar na rotina de uma criança que está vivendo uma infância ansiosa seria a identificação do que na rotina está provocando essa maior ansiedade. E isso é o que deve ser mudado. "
Outros fatores que contribuem para a ansiedade precoce são a insegurança emocional, a sobrecarga sensorial e a falta de espaço para expressar sentimentos. Para evitar que o problema se escale ainda mais e cause mais problemas, a busca por um tratamento psicológico deve ser feita o mais rápido possível.
Confira a reportagem de Ícaro Santiago :