O livro “Rhamon com H” está sendo relançado com uma nova edição, adicionando novos capítulos para a história. Escrito pelo ator e professor de teatro Rhamon Matarazzo, o livro conta a história do autor com a doença do HIV.  

A obra inclui coletânea de fotos de seu arquivo pessoal e aborda a conscientização sobre os remédios Prep, Profilaxia Pré-Exposição ao HIV, e Pep, Profilaxia Pós-Exposição ao HIV. Esses medicamentos são estratégias que ajudam as pessoas a se prevenir e ter uma vida sexual ativa mesmo vivendo com a doença.  

O ator Rhamon Matarazzo fala sobre o que o levou a escrever uma nova edição para o livro “Rhamon com H”: "   Eu resolvi colocar mais três capítulos porque a vida da gente se reconfigura em dois anos e aí eu coloquei como funcionam algumas ONGs no Brasil, como apresentar a uma pessoa recém diagnosticada, um hospital, num subcapítulo onde eu falo sobre agir. A geografia do hospital, no hospital. Eu cheguei com a minha mãe e a gente tava apavorado no primeiro dia. Então, hoje, as primeiras vezes que as pessoas vão ao hospital e quando eu tenho essa possibilidade de apresentar o hospital... Olha, aqui é a farmácia, aqui é o laboratório, aqui é o ambulatório aqui é onde você faz consultas, aqui é emergência. Então, eu apresento o hospital apresentando também a minha história. 

O autor Rhamon Matarazzo destaca a importância da conscientização sobre o HIV perante ao preconceito com a doença."  Continue tomando sua medicação, indo ao médico vendo como é que tá o número de CD4 de carga viral, que é a quantidade de vírus. É sempre bom pesquisar e avaliar a nossa saúde, porque com os anos as medicações podem não funcionar e você pode ter que fazer uma troca de medicamentos. Então, hoje em dia a gente tem. Tem vários tipos de medicamentos, a gente pode fazer várias combinações de vários tipos de medicamentos para que o tratamento não dê uma falha terapêutica. Agora, se eu sou um líder religioso que domina a sua mente e digo não vá mais tomar remédio porque Deus fez um milagre na sua vida e você não tem mais HIV, aí eu estou fazendo com que você tenha uma falha terapêutica da terapia antirretroviral."

  O livro “Rhamon com H” está disponível na Bece, Biblioteca Estadual do Ceará, na Biblioteca Pública Municipal Cristina Poeta, Biblioteca de Artes Visuais Leonilson do Centro Dragão do Mar, nas bibliotecas disponíveis da Rede Cuca, além de outros locais culturais.

A segunda edição do livro Ramon com H será lançada no dia 13 de junho, a partir das 16 horas, no Centro Cultural do Grande Bom Jardim. Na Rua Três Corações, número 400, no bairro Granja Lisboa, em Fortaleza.  

Confira a reportagem de Ícaro Santiago

Apesar de avanços, como a Lei de Cotas, a inclusão efetiva de quem tem deficiência intelectual no mercado de trabalho, ainda enfrenta muitos desafios.

Um levantamento recente da Diversitera aponta que menos de 0,1 por cento da força de trabalho no Brasil é composta por pessoas com deficiência intelectual. 
 As instituições que trabalham com pessoas com deficiência Intelectual têm um importante papel nessa luta. 

 A APAE e o Instituto Jô Clemente oferecem cursos profissionalizantes e intermediam a contratação. O Instituto Buko Kaesemodel apoia e orienta famílias de indivíduos com a Síndrome do X Frágil, condição genética que impacta o desenvolvimento cognitivo. O projeto Despertar, uma iniciativa do Centro Universitário Internacional Uninter, através do Instituto IBGPEX, oferece oficinas de culinária, arteterapia, informática e administração. 

Investir na inclusão de pessoas com deficiência intelectual no mercado de trabalho é um ganho para todos. É preciso que as empresas estejam abertas a conhecer esses potenciais e que a sociedade como um todo combata o capacitismo. 

Saiba mais na reportagem de Fernando Lima:

Cento e quarenta e quatro casos  de violência contra jornalistas foram registrados em 2024, no Brasil.

Conforme relatório da FENAJ, Federação Nacional dos Jornalistas, foi uma média  de uma agressão a cada dois dias e meio ao longo do ano. Na comparação com 2023, quando foram contabilizados 181 episódios, houve  queda de 20,44 por cento nas ocorrencias.

A Presidenta da FENAJ, Samira de  Castro, fala sobre as principais formas de agressão a jornalistas e avalia o quadro:"  Apesar de nenhum jornalista ter sido morto no exercício da profissão do Brasil em 2024, a FENAJ adverte para a violência praticada, especialmente contra mulheres jornalistas.

Samira de Castro, presidenta da FENAJ, diz o que a entidade propõe para conter a situação e quem são os principais agressores:" Os políticos, assessores e até parentes de políticos são, hoje, os principais agressores de jornalistas no Brasil. Populares também estão no topo da lista de agressores. Em terceiro lugar, vêm policiais militares, civis e órgãos de segurança pública. A FNAJ defende para conter esse patamar de violência contra jornalistas a adoção de um protocolo nacional de segurança envolvendo o Estado brasileiro, as forças policiais, envolvendo as empresas de comunicação e as entidades representativas da categoria. E mandando normas para coberturas seguras. Além disso, a gente defende uma maior atuação do Observatório Nacional da Violência contra os Jornalistas e Comunicadores do Ministério da Justiça"

Apesar de nenhum jornalista ter sido morto no exercício da profissão no Brasil em 2024, a FENAJ adverte para a  violência praticada, especialmente contra mulheres jornalistas.  De acordo com a FENAJ, apoiadores de partidos de direita e de extrema direita destacam-se entre os agressores.

Em nivel internacional a situação é mais  grave.. Segundo a Federação Internacional dos Jornalistas, foram  122 assassinatos de jornalistas em 2024.

Confira a reportagem de Fernando Jocelito:

Quase 47 por cento das famílias brasileiras ainda não contam com oferta adequada de água potável, banheiros, coleta e tratamento de esgoto.                                                                              

É o que revela o novo estudo produzido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, pesquisa que traça o perfil socioeconômico e demográfico da população brasileira que sofre com privações nos serviços de saneamento básico.

Segundo o estudo, uma a cada duas moradias brasileiras convivem diariamente com a falta de acesso a serviços considerados básicos.

 A análise é um recorte que demonstra que o desenvolvimento econômico e social do país ainda depende do acesso ao saneamento, avalia Luana Pretto, mestre em Engenharia Civil com atuação na área de saneamento ambiental: " A gente ainda está bastante longe de atingir esse pleno acesso com esse recorte que o estudo traz, principalmente em quem são essas pessoas, que são as pessoas menos favorecidas, as pessoas que mais precisam dessa infraestrutura básica. Considerando os 90 milhões de moradias brasileiras, quase 9 milhões não possuem acesso à rede em geral de água, 17 milhões contam com uma frequência insuficiente de recebimento, 11 milhões não possuem reservatório de água, 1 milhão não possui banheiro e 22 milhões não contam com coleta de esgoto."


Considerando os 90 milhões de moradias brasileiras, quase 9 milhões não possuem acesso à rede geral de água; 17 milhões contam com uma frequência insuficiente de recebimento;11 milhões não possuem reservatório de água; 1 milhão não possui banheiro; e 22 milhões não contam com coleta de esgoto.

O estudo utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continuada Anual, produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos dez anos.  Os dados mostram que a região Nordeste é a que mais sofre com a falta de serviços de saneamento básico, principalmente com a falta de coleta de esgoto. 

A maioria das residências estão em área rural, cidades do interior ou até mesmo em assentamentos de regiões metropolitanas.   Na opinião do advogado especialista em direito regulatório, Marcus Macedo, o Brasil precisa tratar o saneamento como prioridade se quiser alcançar a universalização: " O saneamento básico é fundamental na cidadania das pessoas. A gente vê que grande parte da população, e é significativa, não tem sequer água tratada. Coleta esgoto é a mesma coisa, é um grande número, mais de 30% não tem coleta. Então a gente tem que investir."

O Novo Marco Legal do Saneamento Básico, aprovado em 2020, prevê a universalização dos serviços de saneamento básico até 31 de dezembro de 2033, assegurando o atendimento a 99 por cento da população com água potável e de 90 por cento com coleta e tratamento de esgoto.

Confira a reportagem de Fátima Leite:

Fortaleza participa de discussões  sobre o papel da educação na construção de políticas públicas voltadas à resiliência climática e à integração da cultura oceânica no cotidiano escolar.

Na ultima sexta-feira, a Prefeitura participou do Fórum da Cultura Oceânica: O Currículo Azul na Região Nordeste.

O Fórum  tem como foco o diálogo sobre a inserção da cultura oceânica nas políticas públicas educacionais, com enfase na promoção do Currículo Azul na região Nordeste. O conceito conecta o oceano à cidadania, à formação profissional e à sustentabilidade.

O Forum ocorreu no Iate Clube, com a participação de educadores, gestores públicos, pesquisadores e nomes ligados à pauta ambiental, Entre eles,  a Diretora do Labomar, Instituto de Ciências do Mar, da UFC ,Lidriana Pinheiro;.a professora Ozilea Bezerra, também do Labomar. e o Secretário Nacional de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social, Inácio Arruda.

O Presidente do IPPLAN, Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza, Artur Bruno, destaca a importância da iniciativa: "Fortaleza é uma cidade que foi uma das primeiras do Brasil adotar a cultura oceânica, a ter um órgão específico de economia do mar, que é a Ademfor, Agência de Desenvolvimento da Economia do Mar,  que trata tanto da cultura oceânica, da relação do mar com as comunidades tradicionais, com as entidades ambientais e também em relação à economia do mar. Porque 71 por cento do nosso planeta são mares e oceanos. Inclusive, o nosso litoral é imenso, Fortaleza tem 34 quilômetros de litoral e, efetivamente, a Ademfor  tem iniciado um bom trabalho em parceria com vários organismos para que a gente possa cuidar do mar, tanto do ponto de vista ambiental quanto do ponto de vista econômico, porque o mar é também fundamental na geração de emprego e renda."

O gerente de Sustentabilidade da Ademfor, Agência de Desenvolvimento da Economia do Mar, Leonardo Torquato, enfatiza o ação do órgão , destinado a ampliar a difusão da cultura oceânica e a contribuir na preparação dos jovens para a agenda  ambiental: "O papel da Ademfor  é principalmente apoiar essas iniciativas para que nós tenhamos uma difusão da cultura oceânica mais assertiva e assim tenhamos uma juventude mais comprometida com a pauta ambiental e consequentemente vamos garantir um desenvolvimento sustentável, mais amplo para todos e todas. Então a Ademfor , nesse sentido , tem trabalhado para desenvolver a cultura oceânica, a economia do mar, pensando a ciência, a sustentabilidade e a inovação."

 A  Ademfor é uma autarquia especial municipal, vinculada ao Gabinete do Prefeito  de Fortaleza. Objetiva o desenvolvimento de  ações, planos e diretrizes voltadas à economia do mar da Capitalza. A Ademfor possibilita à Prefeitura  implementar uma gestão adequada da orla, tendo como pilares o fortalecimento e a evolução da economia do mar.

Confira a reportagem de Fernando Jocelito:

A Orquestra Sinfônica da UFC apresenta a ópera Bastião e Bastiana, nesta quarta-feira, no palco principal do Teatro José de Alencar.

O espetáculo é uma versão em português de Bastien e Bastienne,  texto  escrito pelo compositor austríaco, Wolfgang Amadeus Mozart, em 1768.

Na adaptação, a história sai dos campos da Europa medieval e apresenta a narrativa do sertão nordestino contemporâneo, como explica o regente da Orquestra Sinfônica da UFC, maestro Leandro Serafim:"Esse é um momento muito especial, faz 14, 15 anos que não é realizada uma apresentação de uma ópera completa aqui no estado, com orquestra, cantores, figurino, cenário, e é isso que nós faremos. Bastia und Bastiene é o nome de uma ópera de Mozart que ele escreveu em 1768 com 12 anos de idade na ocasião e ela conta a história de um casal que procura um mago  para resolver as situações conflituosas depois de uma traição dele, do namorado. Então nós pensamos em realizar essa ópera e pensamos bom, seria interessante fazê-la em português, mas fazer uma adaptação ao contexto nordestino. Então foi isso que tornando ela com uma identidade nordestina."

O maestro Leandro Serafim destaca o papel da orquestra sinfônica na ópera Bastião e Bastiana:"A orquestra sinfônica da UFC  completa esse ano dez anos e ao longo desse tempo nós fizemos os mais diversos tipos de concertos. Em cada um desses concertos nós temos formações instrumentais diferentes desde um grupo reduzido com cordas e alguns outros até uma grande orquestra com cerca de setenta pessoas. Na ópera Bastiânia e Bastiânia nós temos um pequeno grupo. Nessa história nós teremos o mesmo casal, mas nós teremos no papel do mago dois personagens, que é o anjinho, que é o querubim, e os sete peles, que é o diabinho, naquela figura dos altos, onde nós temos o bem e o mal, e nós teremos também o narrador. Então são cinco personagens, todos eles cantam durante a ópera, mas também eles têm falas entre as árias, que são os pequenos trechos de música, como se fosse um teatro em literatura de cordel."

A ópera Bastião e Bastiana tem duração de 75 minutos e será  apresentada hoje,21 de maio, em dois horários: às 6 da tarde e às 8 da noite, com classificação livre.                                                                                                         
Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do José de Alencar e na plataforma Sympla.. Mais informações sobre o espetáculo estão disponíveis no perfil da Orquestra Sinfônica da UFC no Instagram: @osufc_fortaleza.  

Saiba mais na reportagem de Fátima Leite: