Submeter trabalhadores a condições similares à escravidão soa como uma das posturas mais abomináveis que uma empresa pode assumir. E é a situação que a BYD enfrenta no Brasil justamente nesse momento. Resta saber se, apesar do choque, o problema vai impactar as vendas, negócios e imagem da marca no Brasil.
É sobre isso que conversam a editora-chefe Giovanna Riato, o editor digital Fernando Miragaya e o repórter Bruno de Oliveira nesta edição do Radar Podcast. Para comentar o tema, o episódio recebe comentários do consultor da Sequoia Estratégia e professor de marketing Murilo Moreno, além do advogado trabalhista Marco Scalamandré.
Eles lembram que as informações levantadas não isentam a responsabilidade da empresa no caso, apesar dos trabalhadores não serem colaboradores diretos da BYD. Outro aspecto importante é que, até aqui, não há sinais de que o escândalo prejudique substancialmente o crescimento local da empresa.
E os números de janeiro corroboram essa teoria. A empresa vendeu 6,6 mil carros no primeiro mês do ano. O número rendeu, inclusive, avanço no ranking de marcas mais vendidas do país, garantindo a oitava colocação e 4,1% de participação de mercado, à frente de empresas consagradas como Nissan e Citroën.