No episódio desta semana, o Cariocas recebe Adriana Jackson, idealizadora da Tour Delas. Esse é um projeto de turismo focado no protagonismo de mulheres. Incomodada com a falta de memória sobre as mulheres que tiveram atuação de destaque na cidade, Adriana começou a planejar roteiros com esse enfoque ainda durante o curso de guia de turismo. Além de dar visibilidade a essas figuras, o projeto tem um impacto social. A cada edição dos passeios, parte da verba é destinada a instituições que promovem os direitos das mulheres e de pessoas LGBTQIA+. As últimas organizações escolhidas atuam no combate à pobreza menstrual, distribuindo kits de higiene para mulheres, meninas, homens trans e pessoas não-binárias.

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Apresentação e roteiro - Paula Silveira-Barbosa

Edição de áudio - Isabô Saldanha

Identidade visual - Thaís Esmeraldo

No episódio dessa semana, o Cariocas recebe a jornalista Clara Becker, cofundadora do Redes Cordiais. Essa é uma organização que promove a educação midiática, além de combater os discursos de ódio na internet. Num ano eleitoral que já começou com desinformação sobre as urnas eletrônicas e teve registro de morte relacionada a motivações políticas, fazer esse debate é fundamental. Mas como manter a qualidade das discussões? Descubra no episódio.

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No episódio dessa semana, o Cariocas recebe Raquel Fernandes, a médica que está à frente do Museu Bispo do Rosario. Com uma trajetória que mescla medicina, psicanálise e cinema, a psiquiatra coordena um museu de múltipla atuação. Além de preservar as obras de Bispo do Rosario, a instituição promove atividades de cultura e educação na Taquara - um bairro da Zona Oeste que está fora do circuito turístico. Tudo isso, tendo como referência a obra de um homem negro, de origem humilde, que passou a maior parte de sua vida internado na Colônia Juliano Moreira.

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No dia do Orgulho LGBTQIA+, o Cariocas recebe Denise Portinari. Aos 62 anos, ela compartilha as memórias sobre o Gaivota, uma casa noturna popular entre as lésbicas cariocas na década de 1970 e que funcionou até o início dos anos 2000. Para as mais íntimas, o nome era "Gayvota". A partir do que viveu ali, Denise escreveu um dos primeiros estudos sobre lesbianidade no Brasil que tinha uma abordagem progressista. Tudo isso antes mesmo da decisão da Organização Mundial da Saúde que despatologizou a homossexualidade em 1990.

Atualmente, Denise, que é psicanlista, professora e pesquisadora, atua no projeto "No Tempo do Gaivota", hospedado na página do Tropicuir, arquivo transviado. Essa é uma iniciativa de memória digital que tem o objetivo de preservar os registros da comunidade LGBTQIA+ no Brasil. Saiba mais em tropicuir.org.

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No episódio desta semana, o Cariocas recebeu Polinho, coordenador de dados do Data Labe. O tema é o avanço das tecnologias de reconhecimento facial na segurança pública e os impactos para os direitos humanos e a proteção de dados, especialmente dos grupos sociais mais estigmatizados. Numa coalizão que envolve dezenas de organizações da sociedade civil e cidadãos, o Data Labe promove a campanha #TireMeuRostoDaSuaMira. O objetivo é mobilizar a sociedade pelo banimento total dessas ferramentas nos serviços de segurança pública.

O Cariocas é um podcast de sociedade e cultura, idealizado pela jornalista Paula Silveira-Barbosa.

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No episódio desta semana, o Cariocas recebeu Niara do Sol. Indígena, filha de Fulni-ô e Cariri-xocó, ela já criou e colaborou para diversas hortas no Brasil e no exterior. Ela não encara esses projetos como trabalho ou missão, mas como a realização do seu desejo. Atualmente, a horta Dja Guata Porã, que ela mantém no bairro do Estácio, num prédio conhecido como Aldeia Vertical, atende mais de 50 crianças e suas famílias. Num Brasil que se vê de novo diante da fome, a aposta nas comunidades e em saberes ancestrais nos permite imaginar outro futuro.

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Hoje, no podcast, Juliana Reis. Mineira criada no Rio, Juliana se define como uma “carioca da clara”, que adotou a defesa da vida das mulheres como compromisso diário. Para ela, as 250 mil hospitalizações diárias por causa de abortos inseguros no Brasil são inadmissíveis. E as mortes decorrentes disso também. Ciente de que nem todas as mulheres teriam a mesma condição que ela teve para realizar um aborto seguro, em 2019, Juliana inicia o @milhaspelavidadasmulheres. Essa é uma iniciativa que promove o aborto legal nos casos previstos pela legislação brasileira, além de assegurar recursos para quem precisa realizar o procedimento fora do país. 

Para colocar o aborto na pauta das eleições deste ano, o Milhas iniciou a campanha #NossoVotoNossaVoz. Saiba mais e colabore em:

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Nesta semana, o Cariocas recebeu Dayana Gusmão. Ela, que se define como cria da divisa das favelas da Maré, é uma das responsáveis pela Casa Resistências. Esse é um espaço que acolhe lésbicas faveladas e que foram expulsas de casa. Para recebê-las, há uma equipe multidisciplinar de voluntárias, que acompanham a saúde física e emocional delas. Além disso, a Casa Resistências oferece capacitação profissional e promove eventos culturais. Segundo Dayana, isso acontece porque as responsáveis pelo projeto acreditam que é mudando a cultura que será possível combater a discriminação.

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Nesta semana, o Cariocas recebeu Alexandre Silva, o enfermeiro por trás da Comunidade Compassiva. Fundada em 2018, a iniciativa promove cuidados paliativos para pacientes em fim de vida ou em condições de saúde grave. Esse projeto, que fica sediado no Vidigal e na Rocinha, já inspirou moradores da periferia de Belo Horizonte, onde também foi implantada uma Comunidade Compassiva. Além de Alexandre, há outros enfermeiros, médicos, advogados e assistentes sociais envolvidos na causa. Mas são as lideranças comunitárias, que vivem no local, a base desse trabalho.

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Nesta semana, o Cariocas recebeu Márcia Raquel, fundadora do Viaduto Literário. O projeto, que acaba de completar quatro anos, promove a literatura infantil entre as crianças que moram entre o Morro do Pinto e o Morro da Providência. Num lugar inusitado, na região central do Rio, Márcia e os "voluntas" do Viaduto se encontram semanalmente para dividir histórias e tudo mais que for necessário. Durante o auge da pandemia, por exemplo, o Viaduto Literário chegou a distribuir dez mil máscaras.

Até agora, pelo menos 250 crianças e adolescentes da região foram impactadas. É o que diz a estimativa publicada no site do projeto: https://viadutoliterario.wixsite.com/viadutoliterario. Lá, você também encontra outros detalhes sobre a iniciativa e formas de colaboração. Para doar, basta fazer um pix de qualquer valor para: [email protected].

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