Era sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022, e estava relativamente quente. Na primeira fila do Bona Casa de Música, em Pinheiros, chorei praticamente o show inteiro do Zé Ibarra, que eu via ao vivo pela primeira vez. Ao fim do show, numa breve conversa com ele, senti abertura para convidá-lo para participar do meu podcast. Ele aceitou. Corta para segunda-feira, 7 de fevereiro, uma daquelas tardes frias e chuvosas de São Paulo. Aguardo o Zé no 2200 da Avenida Paulista. Ele chega com o violão no braço, pega uma casquinha no Burger King e subimos para o estúdio. Lá ficamos eu e ele sentados no chão conversando sobre música. Ele, às vezes, chega a se deitar. Que privilégio! Na conversa, ele conta como conheceu Caetano Veloso saindo doidão de uma festa ainda adolescente, revela que Tim Bernardes foi um problema em sua vida, mas que depois decidiu amá-lo da forma mais potente possível, e ainda, elege os melhores shows que já foi até hoje. Zé fala também de Dônica, Bala Desejo, Milton Nascimento e carreira solo. Ah, e ainda canta!