“Batalha das eras” é um conto dividido em cinco partes, sobre batalhas milenares ao longo dos anos, em defesa do plano terrestre. É uma história independente que se passa em um mundo fictício idealizado pelo autor. Neste conto, a garota Ana, de vinte e poucos anos, faz uma descoberta sobre seu vizinho estranho, o senhor Benson. Esta descoberta leva Ana a viver uma aventura jamais imaginada por ela. Indicado para 14 anos ou mais.
Contos Narrados. Aqui você encontra mais um conto sonorizado produzido pelo do RPG Next.
Coloque seu fone de ouvido e curta!
▬ Autor:
Herica Freitas.
▬ Narração:
Wevison Guimarães.
▬ Masterização, sonorização e edição:
Rafael 47.
Contos Narrados apresenta, “Batalha das Eras (Parte 4) Cavaleira do Sol", um Conto de Fantasia.
Ana pegou o livro no chão. Ao virar a página viu que palavras em dourado estavam sendo marcadas magicamente no livro. Tudo que conversaram e tudo que aconteceu dentro da casa estava escrito agora. As próximas páginas do livro, no entanto, estavam em branco.
— Você está dizendo que a minha data de morte será escrita aqui?
— Não hoje Ana, nós sabemos do nosso dia de morte apenas um ano antes. – ele tomou o livro da mão da garota, colocando-o de volta na mesa.
— O que temos que fazer? – Ana pegou a espada do chão e colocou sobre a mesa.
— Primeiro você precisa guardar a chave no seu corpo. – ele retirou o colar, entregando na mão direita de Ana.
Ana pegou o colar com a chave dourada. Ao tocá-lo, especificamente na chave, teve visões do passado e do presente de Hatszu: seu treinamento, suas batalhas, as forças e fraquezas, os estudos e a magia. Em um momento soube exatamente o que fazer quando encontrasse Globack: se via utilizando a sua nova arma, chamada de Espada da Luz. Ana pegou a chave e a encaixou exatamente no buraco formado pela cicatriz. A chave foi absorvida pela pele sem dor ou sofrimento a cicatriz se fechou, deixando a pele de Ana intacta e a corrente dourada, que antes era o colar de Hatszu, se tornou uma pulseira no seu braço esquerdo. Ana movimentou o braço como se quisesse sentir a chave dentro de si, mas a sensação era normal, como se não existisse nada ali.
— Legal. – ela falou admirando o que aconteceu.
— Nunca, jamais revele a ninguém que você carrega a chave. – Hatszu disse, entregando a espada para ela – Pegue sua arma, as aranhas invadirão esta sala em dois minutos.
— O que eu faço? – ela questionou.
— Bem, sua arma tomará a forma que quiser. Uma espada mágica, um cajado, um arco que dispara flechas de luz, um escudo, entre outras. Você poderá escolher a melhor arma para lutar em determinada condição, como nossa arma é mágica, você possui certa proficiência com elas, mas não quer dizer que não precise de treinamento adequado.
Hatszu concentrou-se e sua arma, que antes era um cajado com uma lua e uma estrela tornou-se um arco dourado e brilhante. Ele mirou, apontou para a porta e disse: “Se concentre e deseje sua forma” Nesse momento magicamente uma flecha de luz esverdeada se formou, munindo seu arco.
— Entendi. – Ana pegou sua espada e desejou um arco, assim como o do velho – Uau! Não é tão difícil. Como eu disparo agora?
— Trinta segundos – Hatszu apontou para a porta – É só desejar e as flechas aparecerão como um passe de mágica. Quinze segundos, está pronta? Dez, nove, oito, se prepare e, três, dois, um. Atacar.
A porta abriu e pelo menos vinte aranhas entraram, invadindo o local, subindo pelas paredes, teto e chão. O senhor disparava flechas esverdeadas em todas que se aproximavam dele. Sua pontaria era incontestável, ele não parecia mais um velho rabugento que furava as bolas de futebol das crianças. Ana se concentrou e conseguiu flechas de coloração amarelada, diferentes das dele, mas, aparentemente, tão fortes quanto. Apesar de nunca ter atirado de arco e flecha se lembrava bastante da pontaria que sempre tivera nos jogos. Ela errava uma ou outra, mas conseguia alguns acertos,