O etarismo, ou preconceito relacionado à idade, voltou à pauta após o caso das universitárias de Bauru, no interior de São Paulo, terem classificado como um “absurdo” o fato de terem uma colega de sala com 40 anos de idade. O vídeo postado nas redes sociais viralizou e causou comoção em apoio à estudante. Em entrevista ao CNN No Plural, a criadora do perfil “Quarentamos”, no Instagram, Raphaella Avena afirmou que recebe relatos de etarismo todos os dias de seguidoras.

Sobrevivente da Operação Tarântula lembra perseguição a travestis: “Pânico” A ativista Neon Cunha relatou "jogo perverso” em 1987, após o fim da Ditadura, de muita violência contra as pessoas transexuais. Segundo ela, quando o camburão preto e branco, “a barca”, passava, “causava pânico.” Para ela, a educação é a melhor forma de buscar reverter este quadro.

O racismo ambiental é um tema que precisa ganhar visibilidade, na visão da ativista socioambiental Jáhzara Oná. Mulher negra e periférica de 18 anos, ela explicou para o CNN No Plural, que “falta dar visibilidade para que algo seja feito, e a urgência é investimento em políticas públicas, com melhoria na saúde, educação e áreas sociais”.

Neste período de Carnaval, o sambista, sociólogo e escritor Tadeu Kaçula contou ao CNN No Plural, quais são as origens do samba. Segundo o especialista, ao longo do processo, ao lado do candomblé e capoeira, o samba “formou tríade de resistência negra no Brasil.”

Nós mesmos contamos nossa história, diz criador do 1º bloco afro do Brasil. O presidente do Ilê Aiyê disse que transformou o que ouvia de negativo sobre população negra em positivo. O Ilê Aiyê é o primeiro bloco afro do Carnaval do Brasil. Ele foi criado nos anos 70, em Salvador, por Antônio Carlos dos Santos, o Vovô do Ilê, numa época em que o acesso de pessoas negras à festa se dava apenas tocando instrumentos ou carregando alegorias. Em entrevista, Vovô contou que a ideia para o bloco surgiu no bairro da Liberdade, o mais negro da cidade.

Letícia Chagas contou a trajetória que teve durante a graduação e disse esperar que pessoas negras e periféricas ocupem cada vez mais espaços. Ela contou que “nunca imaginou” que chegaria até aqui. De acordo com ela, “a entrada da turma de cotistas muda não somente a universidade por dentro, mas permite que estudantes que são filhos de pedreiro, Uber, garis passem a ser parte da construção de um novo país.”

O antropólogo Marcelo Moura estuda in loco a etnia yanomami desde 2018 e classifica o povo como sendo “diverso e generoso.” Em entrevista, ele afirmou que fez várias viagens e pôde conviver com os yanomami. Segundo o especialista, eles puderam se manter protegidos por um longo período graças à demarcação de terras.

A CEO da PretaHub e fundadora da Feira Preta Adriana Barbosa defende que a pauta da equidade racial precisa ser tratada não somente com a questão dos direitos civis, mas também pelo viés econômico. Ela esteve no Fórum Econômico Mundial, que aconteceu em Davos, na Suíça, na semana passada.

Em 21 de janeiro é comemorado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data foi estabelecida em 2007, em homenagem a Iyalorixá Mãe Gilda, sacerdotisa de um terreiro de Candomblé que foi vítima de intolerância religiosa em 2000. A antropóloga e professora Francirosy Campos Barbosa afirmou que a “intolerância existe, é grande e precisamos combatê-la” no Brasil. A especialista destacou que o país tem um “histórico triste” e, por esse motivo, o combate “precisa ser enfático.”

Janeiro Lilás.  O mês marca a luta por mais direitos a pessoas transexuais.
O CNN No Plural, preparou uma programação toda especial para reforçar essa batalha. Rafael Câmara - líder do projeto  CNN Plural -  conversou com a jornalista, modelo e atriz trans Carol Marra, que acredita que a TV tem “dívida grande” com a população transexual no que diz respeito à representatividade. Ela, também afirmou que “o preconceito vem da falta de informação” e lembrou que os papéis de transexuais e travestis geralmente têm um histórico de seguir estereótipos.

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