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Você já ouviu falar no termo gastronomia afetiva ou comida afetiva? Já aconteceu de você sentir um cheiro de uma comida ou provar um prato que te faça lembrar de situações afetivas das quais se destacam ainda mais quando seu paladar ou olfato reage a elas? Neste episódio, falaremos sobre um alimento nostálgico, aquele que serve como um gatilho para ampliar sua memória e fazer com que você se sinta leve, acolhido e repleto de bons sentimentos. Bom, contarei sobre uma experiência que me fez voltar à infância por alguns ricos segundos enquanto mastigava as porras num bar no bairro de Salamanca, em Madri.

Fazia mais de uma década que eu não as comia, e eu sabia que no dia em que eu fosse visitar a Espanha, seria uma comida que eu teria que comer embora eu não fosse muito fã de comida gordurosa, mas para mim, não é a comida em si, é a nostalgia de uma época que, claro, não volta mais. Primeiramente, tem que se tomar cuidado ao falar essa palavra no Brasil, pois é considerada um palavrão, um pouco pior que a palavra “merda”, também essa palavra pode significar, na gíria, esperma, então ela é bem problemática de utilizá-la. No Brasil, essa comida se chama churros, mas não confundam com o churros que é vendido em todo canto das Américas, esse também é bem popular no Brasil. Esses churros doces, deliciosos, com doce de leite, açúcar e canela; esses churros que eu falo, que é minha comida afetiva, é salgado, não é doce.

Curiosamente, os churros salgados até onde eu saiba eram somente vendidos em um determinado local de São Paulo, eu não tenho nenhuma informação se esses churros salgados eram ou são vendidos em outros lugares do Brasil ou da América Latina, se sim, peço que me mandem uma mensagem para compartilhar a sua experiência com os churros salgados. Pesquisando pela internet para fazer esse episódio, descobri que a comida afetiva pode vir de uma conexão emocional, de uma saudade, de simplicidade e sabor, de tradição e cultura e de fortalecimento de laços. Para continuar acesse: https://obrasileirissimo.wordpress.com/2025/05/30/comida-que-abraca-a-alma-de-sao-paulo-a-madri/