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Hoje vou mergulhar em um objeto que faz parte do cotidiano de quase todos os brasileiros, mas que pode soar bastante diferente para muitos de vocês: o chuveiro elétrico.
O chuveiro elétrico foi inventado por um engenheiro brasileiro chamado Francisco Canho. Acredita-se que ele tenha desenvolvido a invenção no início da década de 30 e patenteou-a em 1937.
Naquela época, o aquecimento de água para o banho era um processo demorado e, muitas vezes, caro, dependendo de métodos como aquecedores a gás ou a lenha. Francisco, então, engenheiro da Light (companhia de eletricidade do Rio de Janeiro), idealizou um sistema que aquecia a água instantaneamente utilizando a eletricidade, aproveitando a crescente infraestrutura elétrica do Brasil. A invenção de Francisco revolucionou a forma como os brasileiros tomam banho, tornando o acesso à água quente algo muito mais prático e acessível, especialmente em um país de dimensões continentais onde a infraestrutura de gás não era tão difundida.
A imagem de um chuveiro provavelmente evoca água aquecida por um sistema central, talvez a gás ou eletricidade, mas com a água chegando até vocês de forma relativamente "passiva". No Brasil, a estrela do banheiro é, na maioria das vezes, um aparelho compacto, instalado diretamente no ponto de água, e que aquece a água instantaneamente enquanto ela passa por ele. Sim, estamos falando de eletricidade e água bem juntinhas!
Essa tecnologia, embora possa parecer um tanto arriscada à primeira vista, é incrivelmente comum e faz parte da rotina de higiene de milhões de brasileiros há décadas. Mas por que o Brasil adotou essa solução? E por que existe essa percepção de perigo que, na verdade, é infundada quando as instalações são feitas corretamente?
Vamos voltar um pouco na história. O chuveiro elétrico começou a se popularizar no Brasil depois do anos 40. Em um país de dimensões continentais e com uma infraestrutura elétrica em desenvolvimento, o chuveiro elétrico oferecia uma solução prática e relativamente acessível para ter água quente em casa, sem a necessidade de grandes sistemas de aquecimento central ou gás encanado generalizado. Era uma forma de democratizar o banho quente.
Agora, a grande questão: segurança. É compreensível que a ideia de eletricidade e água tão próximas cause apreensão. Ouvimos histórias, às vezes exageradas, de choques elétricos com chuveiros. Mas a verdade é que, quando instalado corretamente e com as devidas precauções, o chuveiro elétrico é seguro.
Infelizmente, em algumas residências mais antigas ou com instalações precárias, essas medidas de segurança podem não estar presentes ou funcionando corretamente. É aí que reside o perigo real, não no aparelho em si, mas na falta de uma instalação elétrica segura. No entanto, as normas técnicas brasileiras são rigorosas em relação à instalação de chuveiros elétricos, e a conscientização sobre a importância da segurança elétrica tem aumentado significativamente.
E o Brasil não está sozinho nessa! Surpreendentemente, outros países também utilizam sistemas de aquecimento de água elétrico diretamente no ponto de uso, com designs e tecnologias similares. Alguns exemplos incluem a Argentina, o Uruguai, alguns países da África e da Ásia. Em muitos desses lugares, assim como no Brasil, a praticidade e o custo-benefício dessa solução a tornaram popular.
Agora, algumas curiosidades sobre a cultura do chuveiro elétrico no Brasil: para continuar acesse: https://obrasileirissimo.wordpress.com/2025/04/11/a-fascinante-e-segura-cultura-do-chuveiro-eletrico-no-brasil/