No terceiro episódio de retorno do podcast Criminal Player, o especialista em perícia digital, Lorenzo Parodi, discutiu a transição das provas analógicas para digitais no processo penal, destacando a criação do processo eletrônico em 2006 e as implicações dessa mudança. A conversa abordou como a digitalização simplifica certos procedimentos, mas também aumenta o risco de adulterações, enfatizando a importância da cadeia de custódia e do cálculo do código hash para garantir a integridade das evidências digitais. Parodi alertou sobre a falta de atenção de advogados na análise de provas digitais e a necessidade de juízes buscarem assistência técnica especializada para lidar com as complexidades dessas provas. Como ações sugeridas, ele recomendou que advogados se aprofundem na análise de provas digitais e que leiam seu livro sobre perícia defensiva.

Notas:

🔍 Introdução e Contexto (00:06 - 05:30)

● Retorno do podcast Criminal Player após pausa

● Apresentação de Lorenzo Parodi, especialista em perícia digital

● Discussão sobre a transição da prova analógica para digital no processo penal

💻 Mudanças na Prova Digital (05:31 - 13:10)

● Criação do processo eletrônico em 2006

● Digitalização do mundo simplifica processos, mas facilita adulterações

● Diferenças entre falsificação de documentos físicos e digitais

● Importância do princípio de Edmond Locard para provas analógicas

● Princípio de Locard não se aplica totalmente às provas digitais

🔐 Cadeia de Custódia e Código Hash (13:11 - 23:17)

● Explicação sobre cadeia de custódia para provas digitais

● Importância do cálculo do código hash no momento inicial da apreensão

● Vantagens da criação de imagens digitais para preservação de evidências

● Necessidade de procedimentos rígidos para garantir idoneidade da prova digital

⚖️ Desafios para Advogados e Juízes (23:18 - 33:03)

● Falta de foco na análise da prova digital por parte de advogados

● Necessidade de desconfiar e questionar provas digitais no processo penal

● Importância de auxiliares técnicos para juízes na avaliação de provas digitais

● Casos de adulteração de provas digitais após apreensão