Há 30 anos, a reforma tributária é discutida no Congresso Nacional e, no primeiro ano do governo Lula, ganha força e deve ser votada até o final de 2023. O texto que está sendo preparado pelo grupo de trabalho da reforma tributária para a apresentação ao Parlamento tem como origem as PECs 45 e 110, que já foram alvo de discussão no Legislativo. A previsão é do deputado federal Newton Cardoso Jr., presidente do MDB mineiro, que integra o GT. Segundo o parlamentar, o grupo faz um diálogo amplo na sociedade e identifica temores quanto ao impacto da reforma nos setores de saúde, transporte, alimentos, agro e educação. Mas o deputado defende que a tributação sobre o consumo vai levar à simplificação dos tributos e ao consequente avanço da economia. O deputado projeta um impacto semelhante ao do Plano Real na década de 1990 e cita o apoio dos governadores de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro à reforma, atribuindo à visão dos gestores de que terão perdas iniciais, mas os estados vão se beneficiar no futuro. Newton Cardoso Jr. acredita que a disputa travada entre os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, em torno do rito das medidas provisórias, não deve impactar no andamento da reforma. Ele afirma que o cronograma do GT está adiantado e estima que o texto final deve chegar em cerca de três semanas à Câmara. Sobre o arcabouço fiscal, o deputado diz que é indispensável para o equilíbrio das contas públicas e acredita que, somado à reforma tributária, vai levar à queda dos juros no país.