Todos nós precisamos de ajuda pra avançar. Ninguém consegue se desenvolver sozinho. Enquanto seres humanos precisamos nos relacionar com outras pessoas para desenvolver certas competências sociais. As tais soft skills muito faladas no meio corporativo.
Dado esse fato, portanto, fracassar e falhar fazem parte desse processo. A vulnerabilidade manda um sinal pro mundo que diz: “eu preciso de ajuda”. É quando somos fracos, que somos fortes, já dizia o apóstolo Paulo. Ter consciência da nossa fraqueza nos conecta com o resto do mundo.
E onde isso nos leva? Em última análise isso nos leva a entender que nada pode ser perfeito, que por mais que tentamos fazer algo jamais seremos perfeitos. E por isso que a Bíblia diz que só Deus é perfeito e Ele em toda sua perfeição escolhe criar uma forma de nos encaixar em sua existência eterna e cósmica.
É assim que a vergonha e o constrangimento se tornam a cola que une todo o universo. Porque se eu consigo reconhecer minha vulnerabilidade também posso compreender a vulnerabilidade do outro. Se aceito que sou vulnerável, o fracasso, a falha e a fraqueza das outras pessoas são partilhadas por mim também.
É nessa compreensão que coisas podem dar errado, projetos podem falhar, pessoas podem nos decepcionar. E ter empatia não é assumir o lugar da outra pessoa. Afinal você jamais vai sentir o que o outro está sentindo. Mas, reconhecer que é vulnerável te leva a respeitar a dor do outro nas condições em que ele ou ela está.
No constante desafio de amar uns aos outros, precisamos sentir o elo perfeito nos conectando por meio de nossas fraquezas. Reconhecendo nossa vulnerabilidade e compreendendo a vulnerabilidade das outras pessoas. E juntos vivemos os processos que nos tornam igualmente limitados. E é por isso que na vivência de uma espiritualidade cristocêntrica não há espaço para julgamento ou discriminação. Nossa referência é aquele que nos convida a nos amarmos como ele nos amou.