A maneira que contamos nossa história
Texto Base:
Rute capítulo 1. Convido você a fazer uma pausa nesse podcast para ler o capítulo indicado e, somente depois disso, prosseguir ouvindo o áudio.
Introdução .
Certa vez eu ouvi um pregador discorrer a respeito do significado dos nomes que vemos no livro de Rute. Por si só os nomes já contam toda a história da pessoa, como no caso Noemi e Rute. Creio que todos nós pensamos muito, antes de dar nomes para as coisas: Filhos, cachorros, nome da chácara, de uma empresa, um produto.
Enfim, sempre carregamos de significados os nomes que dâmos.
Desenvolvimento.
Quando contamos a nossa história, também carregamos com significados cada palavra que dizemos. O que é realmente a mensagem que queremos que as pessoas recebam de nós?
Podemos usar poucas palavras, porque não queremos nos expor. podemos usar muitas palavras porque queremos, talvez, esconder algo de que não gostamos em nós mas que é quase evidente. podemos contar com palavras que levem as pessoas a sentirem pena de nós porque nós mesmos sentimos pena de nós. ou então, contamos com muita pompa os fatos heróicos que vivemos por nos considerarmos mais que os outros ou por precisarmos que alguém nos aprove.
De todas essas maneiras e muitas outras mais que existem para contarmos nossa história, quero compartilhar 3 pontos com você hoje:
1. A Deus toda honra, toda glória, todo o poder, para sempre!
Você já leu, ouviu ou falou isso alguma vez na vida. Quando nos reconhecemos como cristãos, essa é uma expressão que deve estar presente sim em nossos lábios, mas muito mais em nossos corações. Quando contamos nossa história, quando narramos algum acontecimento, nossas palavras são as ferramentas que movem os holofotes para determinados atores no palco que montamos. Às vezes somos tão bons com as palavras que ao citarmos um ator e, aparentemente, mover o holofote para ele, dissuadimos a plateia a procurar outro ator, até que os holofotes apontem todos para ele. Você já se imaginou numa situação assim?
2. Porque aquilo que temia me sobreveio (Jó, capítulo 3, Versículo 25).
Alguns acontecimentos que vivemos são realmente marcantes em nossa história. Porém mais marcantes que esses acontecimentos é a maneira que vivemos eles.
Jó expressou essa reflexão no versículo citado e o temor dele se resumiu a perder tudo o que Deus lhe havia dado. O desgosto que Jó estava vivendo era tão grande, que no momento do seu desabafo fica claro qual é ponto, em Jó, que não estava entregue a Deus. Entenda que isso não é pecado, é uma característica que muitos de nós tem. O pecado reside em ações que tomamos a partir dessas constatações, como murmuração, reclamação, maldição, etc.
3. Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. (Primeira carta aos Coríntios, capítulo 10, verso 31.)
É importante que percebamos quem são os ouvintes das palavras que pronunciamos; Existem pessoas de todos os níveis espirituais, intelectuais, idades, maturidade, etc. Precisamos de sabedoria para escolher as palavras e a maneira de falar o que queremos dizer. É nossa responsabilidade, antes de tudo, garantir que nossas ações, palavras, sejam congruentes com nossas intenções e cheguem a ser percebidas pelas pessoas da maneira correta. É muito fácil colocarmos a responsabilidade em quem ouve, quando na verdade a responsabilidade reside na pessoa de maior maturidade. Se é quem fala, a pessoa mais madura, ela é quem deve se assegurar que todos entenderam exatamente o que ela queria dizer. Se a pessoa madura é a quem escuta, cabe a esta abdicar de todo julgamento e procurar entender as intenções da fala, a linguagem corporal, muito mais do que as palavras ditas.
Conclusão.
Temos nos apercebido de como tem sido as sentenças que proferimos? O que vem carregado com as palavras que dizemos? Para que lado os holofotes se voltam? Quanto de nós depositamos diante de Deus?