Hoje o bate-papo é um pouco diferente do empreendedorismo feminino, mas não tão distante. Vamos falar sobre política, mais especificamente sobre a participação das mulheres na política.
Eu converso com a Larissa Alfino, presidente do Instituto Vamos Juntas. O Vamos Juntas é instituto suprapartidário e de alcance nacional que luta pela igualdade de gênero na política, impulsionando candidaturas femininas e mobilizando a sociedade civil para aumentar a presença de mulheres em espaços de poder. A Larissa vai explicar melhor como o Instituto funciona, mas eu vou resumir aqui rapidinho pra voces!
O Instituto Vamos Juntas foi criado pela deputada Tabata Amaral em 2019 para incentivar mulheres que já ocupam posições de lideranças em suas comunidades a se candidatarem a um cargo eletivo. Elas têm como objetivo ampliar as vozes das mulheres que foram excluídas das estruturas de poder na história do Brasil. Para se ter uma ideia, somente em 1932 foi instaurado o voto feminino no Brasil. Apesar do crescimento das candidaturas femininas, que passaram de 21,04% em 2004 para 33,3% em 2020 nas eleições municipais, ainda temos um longo caminho para alcançarmos a equidade, tanto no processo eleitoral quanto na conquista de espaços de poder nos parlamentos e executivos. Apesar de nós, mulheres, sermos 52% da população brasileira, ocupamos apenas 15% dos cargos no Congresso Nacional, deixando o país na posição 142º do ranking mundial de participação feminina nos parlamentos (IPU, 2021). Também somos minoria nos cargos de liderança, presidindo apenas 7 das 27 comissões parlamentares da Câmara em 2021, além do fato de que as casas legislativas do Congresso nunca foram presididas por mulheres. Mesmo sendo quase metade dos filiados a partidos políticos, as mulheres ocupam apenas 21% das lideranças partidárias ( esse dado é do Instituto Alziras, de 2020). Além disso, as mulheres que conseguem se eleger, encontram muitas barreiras, como a violência política de gênero, como demonstra levantamento tb do Instituto Alziras, que apontou que 53% das prefeitas eleitas em 2016 já sofreram algum tipo de assédio. E pra passar pro nosso bate-papo ainda tenho que lembrar que que mais mulheres na política é um fator benéfico para a sociedade como um todo. De acordo com o McKinsey Global Institute, trabalhar a equidade de gênero influencia positivamente a economia latino-americana, podendo gerar aumento de 34% no PIB da região até 2025.
A Larissa Alfino falou mais detalhes desse projeto incrível!