Paulo explica em Romanos de 5 a 8 o que significa vencer o pecado e que viver em retidão para Cristo em um mundo decaído só é possível pela Sua graça. Nos capítulos 7 e 8, Paulo apresenta quatro leis espirituais: a Lei de Deus, a Lei do Pecado e da Morte, a Lei do Espírito de Vida em Cristo, que nos permite vencer o pecado e a morte; a Lei da Disposição Mental. Estabelecer a Lei do Espírito em nossa mente nos liberta para viver em retidão como pessoas justificadas pela graça de Deus.

O Livro de Romanos é a obra prima teológica de Paulo. Paulo expõe a doutrina fundamental da Justificação (que Deus declara o injusto completamente justo por causa da obra de Jesus Cristo). Sobre este pilar ele constrói o seu argumento sobre o poder do evangelho de transformar pecadores injustos em justos justificados, pela cruz de Jesus que nos faz justos. As boas novas são que em Cristo nos tornamos justificados, “como se nunca tivéssemos pecado”.

O apóstolo Paulo é um bom exemplo no sentido de que usava toda oportunidade para compartilhar sua fé e influenciar para Cristo todos que conhecia. Ele compartilhou sua fé até com uma multidão enfurecida em Jerusalém. Paulo deu seu testemunhou diante do Conselho Judeu, do governador Félix, depois para Festo e diante do Rei Agripa, que quase foi convencido a crer no Evangelho. Em todas as ocasiões, até quando naufragou em Malta, Paulo contava a todos sobre o Evangelho e sobre como Deus havia mudado sua vida.

Paulo tentou relacionar o Evangelho em Atenas sem ser ofensivo, citando poetas gregos e pregando a mensagem do “deus desconhecido”, mas poucos creram. Mais tarde vemos Paulo pregando o Evangelho de maneira mai simples e deixando Deus convencer o ouvinte. Ele foi a Jerusalém embora soubesse que certamente passaria por perigo e sofrimento. Paulo, verdadeiramente, fez tudo por causa do Evangelho e, como Jesus, fez do amor ao perdido sua prioridade.

A Grande Comissão tem quatro partes principais (ir, fazer discípulos, batizar e ensinar). Vemos todas elas no Livro de Atos quando Deus mostrou claramente que o Evangelho era para todos. Filipe pregou em Samaria e depois em Etiópia e Pedro compartilhou o Evangelho com o soldado romano Cornélio. Paulo e Barnabás mais tarde mostraram isso proclamando o Evangelho a partir de Jerusalém e Judéia e “ate os confins da terra”.

A conversão de Saulo é uma exibição espantosa do poder do Espírito Santo. Deus tomou Saulo, um oponente inflexível do Evangelho, e o transformou no Apóstolo Paulo, o maior missionário do Evangelho. Como resultado da sua nova fé e do seu compromisso de alcançar o mundo com o Evangelho, Paulo perdeu todo o sucesso deste mundo e a reputação como um fariseu, “considerou tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus...”.

Em Atos, Saulo de Tarso, perseguidor da Igreja, tem um encontro dramático com o Cristo Ressurreto, torna-se Paulo o apóstolo e imediatamente começa a proclamar Jesus como o Cristo. Paulo se torna um missionário, escritor e um dos cristãos mais influentes que já existiram! O seu ministério é marcado por pregações, problema onde quer que fosse, espancamentos, aprisionamentos, naufrágios, milagres e milhares levados a Jesus. Paulo estabelece as bases para a Igreja ao cumprir a Grande Comissão para os gentios.

No capítulo seis de Atos lemos sobre a prisão de Estevão, o seu sermão resumindo o Antigo Testamento para os líderes judeus em Jerusalém e sua morte como mártir. Dois eventos importantes aconteceram depois da morte de Estevão: O fariseu Saulo, que mais tarde se tornou o apóstolo Paulo, foi impactado e Deus usou a perseguição para espalhar os cristãos para que levassem o Evangelho às regiões além de Jerusalém. O livro de Atos registra um “Pentecostes perpétuo” como resultado da obediência da igreja primitiva.

Em Atos vemos o desdobramento de sete padrões da Igreja. 1. Dar: os compartilhavam com generosidade. 2. Desobediência Civil: Deus era a autoridade suprema. 3. Disciplina na Igreja: Aqueles que mentiam para o Espírito Santo eram dramaticamente excluídos, para que a Igreja permancesse pura e santa. 4. Dons: Havia dons espirituais para servir à igreja. 5. Martírio: Estevão foi o primeiro a morrer pela sua fé. 6. Simonia: tentar comprar ou influenciar a liderança com dinheiro. 7. Cura: Milagres eram comuns.

A Igreja do primeiro século e nossa igreja local hoje devem ter dez características visíveis: Evangelismo – permanente proclamação do Evangelho, como estilo de vida; Ensino – crescimento espiritual como resultado do estudo das Escrituras; Comunhão – tempo uns com os outros; Adoração – adoração em celebração ao Senhor; Oração – tempo com Deus; Unidade – tudo em comum; Diversidade – todos são diferentes, mas essas diferenças resultam em força; Pluralidade – mais do que um pastor para compartilhar a obra; Empatia – cuidado verdadeiro de uns com os outros; Igualdade – todos são iguais.