Raquel Luz conversou com Susana Lourenço Marques, professora associada da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), onde é membro do Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (i2ADS). É doutorada em Comunicação e Arte pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

A sua actividade de investigação tem incidido sobre práticas fotográficas, edições de artista, cultura visual e história da imagem técnica. Coordena o projecto financiado O que elas viram/ o que nós vemos – mulheres fotógrafas em Portugal (1860–1920), no qual se propõe recuperar e contextualizar o papel de fotógrafas pioneiras na história da fotografia em Portugal.

É autora dos livros Ether/ um laboratório de Fotografia e História (Dafne, 2018) e Pó, cinza, nevoeiro – um ensaio sobre a ausência (2018) e co-editou Livros de Fotografia em Portugal da Revolução ao Presente (2023), Lágrimas de Crocodilo – fotografia e crítica em Portugal 1980-2000 (2022) e Pedagogy of the Streets, Porto 1977 (2018), publicações que cruzam investigação crítica, edição e prática curatorial. Em 2014, co-fundou a editora Pierrot le Fou, dedicada à fotografia, design e arquitectura.

Como curadora, tem desenvolvido projectos expositivos com enfoque na fotografia, no arquivo e nas pedagogias da imagem, entre os quais se destacam: Quem te ensinou? Ninguém, de Elvira Leite (2016); Galeria Portátil PLF (2018); Imagem/Técnica – os inventários de Emilio Biel (2020); Opacity of Water (2021); Eternal Youth (Bienal de Fotografia do Porto, 2023); No tempo dos Dias Lentos (Fundação Eugénio de Almeida, 2023), Portugal Ano Zero – Livros de Fotografia em Portugal (Centro de Arte Oliva, 2024), Peles de Imagem, Espelhos Luminosos (2025) e O que elas viram, o que nós vemos (2025).

Na FBAUP, tem desempenhado diversos cargos incluindo a participação na Comissão Coordenadora de Departamento, no Conselho Científico, e no Conselho Executivo.