O primeiro mês de governo do presidente Lula foi focado em reagir aos ataques golpistas e ao risco de insegurança. Com o Parlamento, Lula se movimenta para evitar antagonismo e futuras crises. Contudo, o conflito de agenda é inevitável. Os comandos da Câmara e do Senado não serão hostis, mas o Congresso não funcionará como “puxadinho” do Planalto. O governo terá que construir maioria. Jair Bolsonaro é o antagonista natural de Lula, mas terá que preservar seus direitos políticos. Na economia, Lula mantém discurso já manifesto em campanha, sem prometer ajuste fiscal e com compromisso de redução de impostos para os pobres e sobretaxação para os ricos. O governo busca alinhamento internacional, o que tende a ser bem avaliado pelos investidores externos. O grande desafio é concatenar a agenda social com a econômica. A avaliação é do jornalista e analista-chefe do portal Jota, Fábio Zambeli, em entrevista a Marco Antônio Soalheiro, no Mundo Político.