Como benefícios generosos oferecidos por empresas, como altos salários, bônus, e planos de aposentadoria, podem criar um vínculo aparentemente positivo, mas que acaba por aprisionar os trabalhadores em ambientes de trabalho desgastantes? Esse é o fenômeno que podemos chamar de “algemas de ouro”. A professora Alice Oletto, da Fundação Dom Cabral, explica que essa prática é particularmente observada em setores competitivos como o bancário, onde metas inatingíveis, pressão extrema, e até assédio moral são comuns. Apesar dos atrativos financeiros, esses benefícios muitas vezes comprometem a saúde física e mental dos trabalhadores, criando um paradoxo: os profissionais permanecem por causa das vantagens, mas enfrentam esgotamento, ansiedade e perda de realização pessoal.

Além disso, o podcast destaca como as "algemas de ouro" têm impactos negativos de longo prazo tanto para os trabalhadores quanto para as organizações. Para os funcionários, os efeitos incluem deterioração da qualidade de vida, relações pessoais fragilizadas, e até incapacitação profissional. Para as empresas, os prejuízos incluem aumento da rotatividade, queda de produtividade, processos trabalhistas e danos à reputação.

Link do artigo: https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/gestaoorg/article/view/262066/47185

Estratégia é planejamento? É sobre guerra? Crescimento é o principal objetivo? Neste podcast com Heitor Coutinho, professor de estratégia da FDC, você tem acesso à desconstrução de seis mitos comuns que confundem organizações e limitam seu potencial. Com insights práticos, o professor aborda como a estratégia vai além de planos rígidos e exige adaptação, colaboração e pensamento crítico.

Tecnologia e grandes corporações como "senhores feudais" de uma realidade ultraconectada é um elemento bastante presente na ficção científica e que oferece reflexões interessantes acerca do mundo real, marcado pela forte presença das Big Techs e da dependência tecnológica da sociedade contemporânea.

O professor Paulo Vicente Alves da Fundação Dom Cabral comenta como a tecnologia sempre gerou ciclos de concentração e quebra de monopólios. Ele destaca que, embora as grandes empresas controlem certas infraestruturas, o processo cíclico tende a abrir espaço para novos entrantes, sugerindo que o "feudalismo digital" também terá um tempo finito.

Este primeiro painel em áudio promovido pela Revista DOM aborda a urgência das ações para combater as mudanças climáticas, destacando que o impacto já é visível e crescente, com efeitos devastadores tanto na economia quanto na vida cotidiana. Viviane Barreto e Virgílio Viana discutem como o Brasil precisa se adaptar a essa nova realidade, enfatizando que é necessária uma ação conjunta entre o setor privado, o público e o terceiro setor. Eles argumentam que, embora o problema seja global, suas consequências no Brasil afetam principalmente as populações mais vulneráveis, que não contribuíram significativamente para a crise climática. Além disso, o podcast destaca a importância de preparar executivos e líderes para gerenciar essa transição, e como a educação executiva pode integrar a agenda climática em seus currículos.

Leia o artigo original sobre o tema na Revista DOM em revistadom.fdc.org.br

No podcast desta semana no canal da FDC, você ouve como negócios sustentáveis e de impacto podem ajudar a resolver os desafios sociais e ambientais enfrentados pelo Brasil e pelo mundo. Pablo Handl, cofundador do Impact Hub e professor associado do Núcleo de Sustentabilidade na Fundação Dom Cabral, destaca que um negócio sustentável deve atender a uma demanda social ou ambiental com um produto ou serviço que possa ser escalado, seja em nível comunitário ou global. Ele discute questões como a exclusão econômica e a falta de serviços essenciais, como saneamento e acesso à saúde, e afirma que um modelo de negócio sustentável tem o potencial de enfrentar esses problemas de maneira perene, indo além da filantropia, com a capacidade de se manter ao longo do tempo.

Conheça mais também acessando www.impactamais.org.br e saopaulo.impacthub.net.

Neste podcast você ouve sobre os dados da segunda edição do ano do Índice de Confiança das Médias Empresas (ICME), elaborado pela Fundação Dom Cabral. A professora Áurea Ribeiro explica que o índice é uma ferramenta inédita para medir a confiança e as expectativas dos empresários de médias empresas.

Segundo o ICME, o empresário de médio porte avalia melhor o ambiente interno e sua competitividade do que o macroambiente externo, marcado por instabilidade econômica e política. O podcast finaliza com a reflexão de que o perfil resiliente e empreendedor desse empresário é fundamental para a continuidade dos investimentos e geração de empregos, ressaltando a importância de monitorar o índice para entender o comportamento do setor.

Acesse o site: https://empresas.fdc.org.br/inteligencia/medias-empresas/

O podcast da FDC desta semana discute os desafios enfrentados por profissionais mais velhos no mercado de trabalho, abordando o etarismo (discriminação por idade) como um obstáculo crescente para a inclusão desses profissionais. Estudos mostram que 30% dos profissionais com mais de 40 anos já sofreram preconceito etário, e 70% das empresas contrataram poucos ou nenhum profissional com mais de 50 anos entre 2021 e 2022.

As executivas Cris Sabbag e Juliana Ramalho, da Talento Senior, exploram como as empresas lidam com a contratação de profissionais seniores. Nas grandes corporações, o foco está em políticas padronizadas que acabam excluindo profissionais mais velhos, enquanto pequenas e médias empresas, especialmente após a reforma trabalhista de 2017, veem os profissionais seniores como uma oportunidade de agregar valor. No entanto, a adaptação às novas formas de trabalho ainda é lenta.

O episódio também aborda a importância do aprendizado ao longo da vida (lifelong learning), destacando como o futuro do trabalho será moldado por novas formas de contratação baseadas em habilidades, entregas e resultados. A discussão enfatiza a necessidade de uma mudança de mentalidade tanto das empresas quanto dos profissionais seniores, incentivando o aprendizado contínuo e a reinvenção profissional.

Neste podcast você ouve o professor da FDC, Diego Marconato, que discute os desafios e oportunidades da produtividade nas médias empresas brasileiras. Ele revela como as empresas mais produtivas ainda estão atrás das médias internacionais, mas que essa lacuna representa uma chance para melhorias substanciais. Marconato destaca fatores como gestão de qualidade, tecnologia e capacitação do capital humano como essenciais para aumentar a competitividade e a lucratividade das médias empresas no Brasil.

Além disso, o professor explora os obstáculos estruturais que dificultam o crescimento das empresas, como o "custo Brasil" e a burocracia. Ele sugere estratégias para que essas organizações façam um mapeamento de seus processos e invistam em recursos tecnológicos e humanos, permitindo que alcancem um novo patamar de eficiência e sucesso.

Neste podcast você ouve Oliviero Roggi, professor de finanças e risk management da Fundação Dom Cabral, que explora as diferentes motivações para realizar o valuation de uma empresa, tanto em contextos ordinários, como a mensuração de desempenho e alinhamento de remuneração; quanto em circunstâncias extraordinárias, como disputas jurídicas e IPOs.

Roggi detalha os principais métodos de valuation, dividindo-os em diretos e indiretos. O método mais utilizado é o fluxo de caixa descontado (DCF), que avalia o valor da empresa com base em projeções de fluxos de caixa futuros, ajustados por taxas de risco. Ele também fala sobre métodos baseados em múltiplos de mercado e de transações, comuns em fusões e aquisições.

Em 2023, as médias empresas brasileiras enfrentaram desafios significativos, incluindo queda de receita e margens de lucro apertadas, influenciadas pela pandemia e pelas altas taxas de juros, com a Selic atingindo 13,35% em agosto daquele ano. Já em 2024, com a Selic em 10,5%, o cenário ainda é árido para as médias empresas, apesar da esperança de uma recuperação. A edição atual do radar inclui novos dados sobre intenções de investimentos e pedidos de recuperação judicial, além de comparações mais detalhadas entre os anos de 2021, 2022 e 2023.

O professor Eduardo Menicucci, um dos responsáveis pela pesquisa, destaca que, apesar da resiliência do setor de serviços e da estabilidade em algumas regiões, o setor de comércio e a indústria continuam sofrendo com os desafios econômicos. Ele também ressalta a importância de incentivos e estratégias de gestão para ajudar as empresas a superar as dificuldades e se prepararem para um possível crescimento a partir de 2025. A regionalização dos dados, introduzida na edição anterior, foi mantida, permitindo que as empresas comparem seu desempenho com suas regiões e setores específicos, trazendo insights valiosos para o planejamento futuro.

Baixe o arquivo do Radar de Mercado 2024 em: https://empresas.fdc.org.br/inteligencia/medias-empresas/