Um primeiro ponto que nos chama atenção está logo no primeiro verso, que diz: “Jacó deu prosseguimento à sua viagem quando anjos de Deus saíram ao seu encontro.” (Gn 32.1)

O fato de anjos estar indo ao encontro de Jacó, já nos revela que mesmo em meio a tudo o que ele estava vivendo e enfrentando, ele não estava sozinho, estava sendo assistido pelo Senhor e cuidado por ele. Pois, as Escrituras nos dizem que os anjos de Deus são ordenados a estarem e trabalharem por todos os que hão de herdar a salvação.

Semelhantemente, você também pode estar nesse momento enfrentando lutas e travando verdadeiras batalhas, temendo pela sua vida e pelos seus, sem saber o que irá acontecer e só pensando no que pode dar errado devido às circunstâncias negativas ao seu redor. Você precisa lembrar de que em meio a tudo isso você não está sozinho.

No verso sete lemos as seguintes palavras: “Jacó teve grande medo e sentiu-se deveras angustiado. Então dividiu em dois exércitos os homens que o acompanhavam, como também as ovelhas, cabras, bois e camelos,” (Gn 32.7)

Sentir grande medo e ficar angustiado é algo que acontece, sim, com servos de Deus. Pois, embora andamos com Deus ainda estamos em carne, há uma natureza pecaminosa em nosso coração que diante das adversidades se esquece da realidade, do cuidado de Deus e de suas promessas para nossas vidas, isso aconteceu com Jacó e acontece conosco também.

E diante dessa situação que muitas vezes estamos enfrentando, quando temos diante de nós muitas incertezas e ameaças, o que devemos ou podemos fazer para mudar essa realidade?

Temos a resposta nos seguintes versos: Então, Jacó orou: “Ó Deus de meu pai Abraão, Deus de meu pai Isaque, o SENHOR que me orientaste: ‘Retorna à tua terra e à tua parentela e Eu te farei prosperar: Reconheço que não sou digno de toda a bondade e lealdade misericordiosa com que tens tratado o teu servo. Eu não tinha senão um cajado para atravessar o Jordão, e agora posso formar dois exércitos! Livra-me, portanto, das mãos do meu irmão Esaú, pois tenho medo dele, para que não venha matar-nos a todos, inclusive às mães e às crianças. Foste tu, com efeito, que disseste: ‘Eu te cumularei de bênçãos e tornarei a tua descendência como a areia do mar, que se não pode contar, de tão numerosa.’” (Gn 32.9-12)

O SENHOR sempre providência um escape para nós, uma saída, uma alternativa para que a realidade mude, e através da vida de Jacó aprendemos que a oração feita com base na palavra dada por Deus, feita com sinceridade e fé e humildade pode nos livrar e nos fazer continuar caminhando rumo ao cumprimento das promessas. Após orar e planejar como iria até seu irmão, Jacó tem um encontro com Deus, de maneira inusitada ele passa a lutar com Deus até que conseguisse ser abençoado.

A palavra dada por Deus a ele foi: “Então o homem orientou-o: “Não te chamarás mais Jacó, mas, sim, Israel, porquanto como príncipe lutaste com Deus e com os seres humanos e prevaleceste!” Suplicou Jacó, prontamente: “Dize, rogo-te, revela-me como te chamas?” Replicou o homem: “Por que me perguntas pelo meu Nome?” E ali mesmo o abençoou! (Gn 32.28-29) Jacó foi abençoado pelo próprio Deus de uma maneira muito íntima e transformadora, com certeza ele nunca mais foi o mesmo depois dessa experiência que teve com o SENHOR, mais isso só aconteceu com muita luta.

Suas palavras depois desse encontro foi: “Então denominou Jacó àquele lugar Peniel, “face de Deus”, porquanto afirmou: “Vi a Deus face a face, contudo, minha vida foi poupada”. (Gn 32.30)

Meus irmãos, na semelhança de Jacó, nós também estamos muitas vezes envolvidos em questões que nos traz muito medo e angústia, as incertezas e ameaças nos atacam para ver se conseguem nos impedir de continuar avançando rumo ao cumprimento das promessas de Deus.