O texto nos relata que Jacó e sua esposa Raquel partiram de Betel para uma localidade chamada Efrata, e antes de chegar em Efrata Raquel deu à luz ao seu filho, ao que o chamou de Benoni, que significa (filho da minha aflição) Jacó seu pai, porém o chamou de Benjamim, que significa (filho da minha destra). O parto de Raquel foi trabalhoso ao ponto de morrer, e foi sepultada ali naquela localidade mesmo, diz o versículo 19.
Raquel era estéril e viveu vários anos entristecida por ter o amor do marido, mas não filhos dele. Chegou ao extremo de pedir a Jacó: Dá-me filhos, senão morrerei. Deus lembrou-se dela, ouviu-a e a fez fecunda, de modo que ela concebeu e deu à luz um filho e lhe chamou José, ela pediu ao SENHOR que desse outro filho.
Raquel, ao ter seu desejo cumprido, no mesmo ato de ter sua oração respondida, sofre e morre no parto do segundo filho. Jacó chamou seu filho de Benjamim, que significa “filho da minha destra”, ou seja, um filho a ser honrado.
O primeiro rei de Israel, Saul, viria da tribo de Benjamim (1Sm 9.1,2), bem como o apóstolo Paulo que também foi da linhagem da tribo de Benjamim (Fp 3.5).
Foi um belo gesto de fé alterar o nome de “filho da minha tristeza” para o de “filho da minha destra” aspecto positivo de uma experiência tão sombria. (a morte de Raquel)
Jacó deu a sua esposa Raquel um sepultamento honroso (35.20). Levantou Jacó uma coluna que existe até ao hoje. Essa coluna foi para servir de memorial à sua amada esposa, Raquel.
Jacó tem agora a ausência da esposa amada e um bebê recém-nascido para cuidar, e, no mesmo instante, misturam-se lágrimas e esperança. Um presente doloroso e um futuro esperançoso se entrelaçam.
Então, partiu Israel e armou a sua tenda além da terra de Éder. Jacó não enterrou seu coração no túmulo de Raquel. O luto tem seu tempo determinado; depois é hora de recomeçar a caminhada e marchar rumo ao futuro.
Na vida cristã temos vales escuros, pântanos perigosos, mares revoltos, tempestades devastadoras. No percurso do berço à sepultura, enfrentamos muitos percalços; em resumo, essa jornada é feita com lágrimas nos olhos e dores na alma.
Chegou a hora de Jacó retornar a Manre, a Quiriate-Arba (que é Hebrom), terra em que peregrinaram Abraão e Isaque, seu pai, para ver o seu idoso pai, a quem muitos anos antes havia enganado. É claro que as velhas feridas tinham sido curadas, e a volta ao lar foi em paz, a peregrinação de Jacó completou o ciclo.
O relato de Isaque termina com a reconciliação de Jacó com ele. Agora, o velho patriarca está pronto para morrer. Isaque morreu aos 180 anos, o mais longevo dos patriarcas (35.28). Esaú veio das montanhas de Seir e se juntou a Jacó para sepultar o pai na caverna de Macpela (35.29)A morte de Isaque mudou a situação de Jacó: ele passou a ser o chefe da família e herdeiro das bênçãos da aliança. Não apenas adquiriu a enorme riqueza de Isaque, como também herdou tudo o que fazia parte da aliança com Abraão. Doravante, seu Deus seria conhecido como o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
A partir daqui, cada um segue seu caminho, pois, embora sejam irmãos, têm destinos e vocações diferentes e separadas. Deus abençoe você e sua família.