Esse capítulo é como uma dobradiça na vida de José, uma vez que fecha os anos de humilhação e dá início aos anos de exaltação. José vai sair da masmorra para o palácio; do cárcere para a governança. Em todo esse tempo, Deus esteve trabalhando por José, mesmo quando a providência não parecia ser agradável.
Dois anos depois que o copeiro-chefe do faraó havia sido liberto da prisão e reconduzido ao seu honroso posto, ele se lembrou de José.
O faraó teve dois sonhos, ambos da mesma natureza e com os mesmos significados. Assim como os dois sonhos de José, os sonhos do copeiro-chefe e do padeiro-chefe, os dois sonhos do faraó são também metafóricos. Sonhos metafóricos normalmente não têm falas, assim como não contêm uma orientação direta de Deus, e consistem em imagens, figuras e eventos.
O faraó acorda de seu sonho. De manhã, com espírito perturbado, ele convoca todos os magos do Egito, ou seja, os peritos em manusear os livros rituais do ofício sacerdotal e da magia (Êx 7.11), e conta-lhes os sonhos, mas ninguém pode dar-lhe a interpretação desejada.
Diante do fracasso dos magos e sábios do Egito, o copeiro-chefe do faraó lembrou-se de José, uma vez que tinha uma dívida de gratidão com ele, e contou ao faraó sua experiência na prisão vivida dois anos atrás (40.14; 41.1). Falou sobre como José, um jovem hebreu, que havia interpretado o seu sonho e o sonho do padeiro-chefe, acontecendo rigorosamente como o moço havia interpretado.
Imediatamente, o faraó mandou buscar José na prisão para interpretar o sonho, José revela a natureza dos sonhos (41.25).
José é apresentado ao Faraó, agora vemos porque toda a crise, tem um propósito, no caso, um valor ensinativo, é uma preparação, agora vemos que os planos de Deus, estão acima da visão humana, quando os olhos humanos, não conseguem mais ver o que está além, então os olhos espirituais são os certos
Trata-se de dois sonhos, mas com um único significado, isto é, ambos os sonhos apontam para os mesmos fatos, não podendo ser vistos por ângulos diferentes
o agente do sonho é Deus (41.25). Tudo acontecerá da forma determinada por Deus, pois Sua decisão é irrevogável; Deus, portanto, manifestou ao faraó o que há de fazer. É digno de nota que o sonho do faraó não se refere a questões de sua vida pessoal, mas tinha implicações para o país inteiro sob seu governo. Todavia, seu país só poderá ser protegido contra o pior, a morte pela fome, se ele souber dar ouvidos à advertência.¹¹
Deus antecipa o conhecimento do futuro para que no presente, medidas fossem tomadas, a fim de livrar o povo da fome e da morte. José dá conselhos ao faraó (41.33-36). O significado do sonho de Faraó tinha a ver com o que Deus haveria de fazer na terra de acordo com a sua vontade soberana. A passagem bíblica em que José interpreta o sonho de Faraó revela o poder de Deus no governo da história, e prova como o propósito divino muitas vezes é cumprido da forma mais improvável.
O texto bíblico deixa claro que Faraó percebeu que em José estava o Espírito Divino. Ele entendeu que havia sido o próprio Deus quem revelou a José todas aquelas coisas. Isso significava que Faraó havia reconhecido que José agia sob o poder de Deus. E foi assim que José foi colocado como governador de todo o Egito.