“Assim, dez dos irmãos de José desceram ao Egito para comprar trigo. Jacó não deixou que Benjamim, irmão de José, fosse com eles, temendo que algum mal lhe acontecesse. Os filhos de Israel estavam entre outros que também foram comprar trigo, devido à fome na terra de Canaã. José era o governador do Egito e era ele que vendia trigo a todo o povo da terra. Por isso, quando os irmãos de José chegaram, curvaram-se diante dele com o rosto em terra.” Versículos 3-6
Jacó, sabendo que havia mantimento no Egito, ordenou aos seus dez filhos que fossem até lá buscar, ficando apenas Benjamim para trás. Eram tempos de fome, exatamente como previu José, e a única saída para a sobrevivência era ir até lá comprar o alimento.
Quando chegaram se prostraram diante do governador, sem desconfiarem de que se tratava de José, o irmão que eles mesmos haviam vendido. José os reconheceu, mas manteve segredo.
O cenário era o mesmo da visão de José, onde os seus irmãos se curvavam diante dele. José estava diante da concretização de uma visão aparentemente triunfante, mas amargava uma imensa dor, a dor da rejeição e do abandono.
Anos de separação de sua família, anos de encarceramento e estavam ali, bem diante dos seus olhos, os culpados, seus próprios irmãos. José chorou quando os ouviu falando sobre ele.
O acordo era o seguinte: vocês vão deixar um dos irmãos aqui, voltarão para a sua Terra e quando retornarem tragam o seu irmão mais novo. Quando vocês retornarem, eu saberei que vocês não são espiões e então os deixarei viver.
José os enviou de volta para o seu pai, levaram alimento e o também o dinheiro que deveriam ter usado para pagar por ele.
José tinha a vida de seus irmãos e de seu pai nas mãos, com o poder que possuía poderia ter se vingado deles pelos anos de dor e sofrimento que eles lhe causaram. Tinha a escolha de fazer o bem ou o mal, estava nas suas mãos a decisão.
Isso nos ensina a não agirmos de acordo com as feridas que carregamos, somos ocasionalmente lesados e prejudicados, isso não deve nos definir. Nossas dores fazem parte da nossa história, mas nós não somos definidos por elas.
Deus nos deu uma identidade de filhos Dele, isso deve ser o que determina as nossas atitudes mesmo diante dos nossos inimigos. Não posso deixar que aqueles que me feriram determinem o meu modo de agir, mas Deus e a sua Palavra são os meus parâmetros.
Deus vê todo o nosso choro e sofrimento, nada está oculto aos olhos dele, confie no Senhor e faça o bem, o salmista diz no Salmo 37: “Entregue o seu caminho ao senhor; confie nele, e ele agirá: ele deixará claro como a alvorada que você é justo, e como o sol do meio-dia que você é inocente.” Receba essa palavra nessa manhã.
Pastora Marcela Rosa
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