Você se lembra da primeira vez que pecou após ter sido salvo? Eu me lembro. Eu me senti como se uma faca tivesse penetrado em meu coração. Como filhos de Deus, nós somos cientes dos Seus sentimentos. É a convicção do Espírito Santo em nosso coração nos martelando. Mas o que acontece quando nós justificamos o que fizemos, virando nossas costas para o verdadeiro arrependimento? Duas coisas. Primeiro, nos posicionamos para repetir o mesmo ato de desobediência. Segundo, o véu do engano cobre nosso coração e, por conseguinte, diminui o senso de convicção e coloca em seu lugar o questionamento.
No último estágio, nós não sentimos mais aquela faca perfurando nosso coração porque o véu o esconde; ao invés disso, sentimos somente um pequeno desconforto. Novamente, tentamos nos justificar, e outro véu cobre nosso coração, camuflando ainda mais o chamado à verdade. A próxima vez que transgredimos nosso sentimento é um pequenino senso de mera convicção. Se novamente tentarmos nos justificar, sufocamos nosso coração com mais uma camada do véu. Se pecarmos novamente, o véu é tão espesso que não existe mais convicção — somente justificativas. O engano esconde de nós a verdade, e a consciência é cauterizada.
Neste ponto, uma pessoa pode ter perdido de seu semblante qualquer aparência de santidade, ou pior ainda, pode continuar tendo esta aparência, mas viver sob uma maldição religiosa do conhecimento do bem e do mal.