Em um cenário acadêmico que está gradualmente rompendo barreiras, as ligas acadêmicas canábicas emergem como um dos movimentos mais inovadores e transformadores no ensino superior brasileiro.
Para explorar o impacto dessa novidade, entrevistamos Lorrany Teixiera [@lorranyteixeira], referência na área da química canabinóide e ativismo educacional.
Mestranda em química dos produtos naturais e ecologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e diretora de pós-graduação da Liga Acadêmica de Cannabis Medicinal - LACAM-UFRRJ [@lacam.ufrrj], Lorrany combina sua experiência acadêmica e prática para discutir como essas ligas estão redefinindo a relação entre ciência, sociedade e políticas públicas.
Durante a conversa, Lorrany destacou que as ligas canábicas não são apenas um espaço de aprendizagem, mas também de transformação social. "É um movimento que reflete o desejo dos estudantes por um ensino mais conectado à realidade e à ciência de ponta. Essas ligas oferecem um ambiente interdisciplinar, onde o diálogo entre saúde, química, agronomia e até mesmo direito ganha força", afirmou.
O surgimento dessas ligas pode ser considerado é um marco histórico e um debate certeiro sobre o papel da educação na transformação do debate sobre Cannabis Medicinal.
"Nunca vimos tamanha mobilização dentro das universidades em torno de um tema tão sensível e inovador. Isso mostra que a nova geração está pronta para enfrentar preconceitos e avançar com responsabilidade científica e ética", disse.
Apesar do avanço, os desafios não são poucos. Resistências institucionais e sociais ainda dificultam o crescimento dessas iniciativas. Porém, segundo Lorrany, é justamente nesse contexto que as ligas desempenham um papel essencial: educar para desconstruir estigmas.
A LACAM-UFRRJ, que Lorrany lidera, tem se destacado como um modelo para outras universidades. Com projetos de extensão, eventos científicos e parcerias estratégicas, a liga demonstra como unir pesquisa acadêmica e impacto social em um campo emergente como o da cannabis medicinal.
As ligas acadêmicas canábicas são apenas o começo. Elas têm o potencial de revolucionar o ensino superior ao introduzir temas ousados e necessários nos currículos, formar profissionais mais preparados e contribuir diretamente para a regulamentação e uso responsável da cannabis medicinal no Brasil.
Mais do que uma novidade, as ligas acadêmicas canábicas se apresentam como um pilar fundamental para uma educação mais inclusiva, inovadora e transformadora.
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