A cefaleia atribuída ao transtorno temporomandibular e sua comorbidade com enxaqueca foram tema da conversa entre a Dra. Simone Prada e o Dr. Eduardo Grossmann no Congresso Brasileiro de Cefaleia 2024.
A disfunção temporomandibular (DTM) pode ocorrer na musculatura mastigatória e/ou na articulação temporomandibular. Existem múltiplas causas que desencadeiam a doença em cada paciente, como apertamento, trauma, muito tempo de boca aberta, gargalhada, bocejo, procedimento cirúrgico, entre outras. A partir do diagnóstico, é possível escolher o melhor tratamento.
O tratamento mais empregado é um dispositivo (ou placa) de acrílico nos dentes. Existem 33 tipos desse dispositivo, e o mais adequado será escolhido pelo seu dentista.
É difícil falar em cura para a DTM, mas existem bons recursos para amenizar a dor, especialmente aquelas de origem articular. Além da placa, podem ser utilizados analgésicos, anti-inflamatórios, antidepressivos, calor local, estimulação elétrica, acupuntura, infiltração anestésica, ultrassom, entre outros.
Por outro lado, não se pode deixar de mencionar que é comum a presença de uma cefaleia primária, como a enxaqueca, associada à DTM. Cefaleia é toda dor que ocorre na região da cabeça. A DTM é um tipo especial de cefaleia. Músculos mastigatórios em sobrecarga podem produzir dor na região temporal, no fundo do olho e no ouvido, podendo simular, perpetuar ou agravar a enxaqueca.
Por isso, a união entre a odontologia e a cefaliatria se torna fundamental em muitos casos.
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