Henrique Vieira Filho é um artista multifacetado, também descrito como artivista, que dedicou sua vida a construir pontes entre a arte, a cultura e a comunidade.
Ele é uma Pessoa com Deficiência (PcD) com Autismo (TEA) e pertence à terceira idade. Sua trajetória é marcada por experiências singulares em diversas áreas, incluindo artes gráficas, literatura (é autor de 25 livros), psicanálise junguiana, fotografia e performances.
Ele também é mestre de saberes em capoeira e raizeiro, com registro no acervo do IPHAN pela capoeira. Além disso, atua como documentarista, artista plástico, agente cultural, produtor cultural, diretor de arte, produtor audiovisual, escritor, jornalista, museólogo, historiador, educador físico, psicanalista, sociólogo e professor de artes visuais.
Sua jornada artística começou com a fotografia, impulsionada por um Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) na infância que o impedia de sujar as mãos com tinta. Sua estreia internacional em Paris envolveu a projeção de grafismos tribais em corpos, celebrando a diversidade brasileira.
Posteriormente, evoluiu para a pintura corporal (com tinta lavável), videoarte, gravuras digitais, acrílicos e óleos sobre tela. Sua técnica singular, que mistura cores no padrão CMYK (da indústria gráfica) em vez da paleta convencional, é uma característica marcante de sua obra. A psicanálise junguiana influenciou profundamente sua arte, direcionando-a a um universo de mitologia e imagens oníricas. Seu estilo pode ser classificado como surrealismo figurativo.
Henrique Vieira Filho conta com mais de cem exposições em galerias e museus de diversas capitais culturais mundiais, como Paris, Roma, Londres, Tóquio, Miami e Nova York. Ele também é uma figura reconhecida na mídia nacional, com participações em jornais, revistas e programas de grande alcance (Gugu, Silvio Santos, Jô Soares e Marília Gabriela). Ele é o representante oficial do movimento Slow Art no Brasil, que promove a apreciação afetiva e "sem pressa" das artes.
Desde 2015, fundou a Sociedade Das Artes e, a partir de 2020, criou a Re-Arte – Residência Artística do Circuito das Águas Paulista. Esses são espaços gratuitos e colaborativos no interior de São Paulo, em Serra Negra, dedicados à formação de novos talentos e à criação de um ecossistema artístico vibrante. Em 2024, ele investiu recursos pessoais para construir a sede própria da Re-Arte, demonstrando um compromisso inabalável com o fortalecimento cultural regional.
O impacto de suas ações na comunidade lhe rendeu um título de cidadania, congratulações de órgãos públicos, reconhecimento como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura (MinC) e registro no IPHAN como patrimônio imaterial pela maestria na capoeira. Seus projetos foram aprovados em editais como PNAB, Lei Paulo Gustavo (LPG) e PNCV. Profissionais do setor o descrevem como um "Patrono da Arte e da Cultura", um mentor visionário e um incansável agente cultural.
Sua neurodiversidade é vista como uma potência, com o hiperfoco e a sensibilidade aguçada proporcionando à sua arte um mergulho profundo e abordagens inovadoras. Ele dedica atenção à acessibilidade, realizando exposições em locais públicos inclusivos (escolas, fóruns, praças, câmara de vereadores) e desenvolvendo metodologias de audiodescrição com IA, além de oferecer workshops gratuitos e produzir materiais com legendas descritivas e Libras. Henrique é um mestre que une superação pessoal, técnica diferenciada e compromisso coletivo, transformando suas múltiplas experiências em uma arte única, generosa e profundamente humana.