Nossa crença na capacidade dos nossos filhos é absolutamente importante para que eles vençam a si mesmos. Participar da vida dos nossos filhos e dos anseios que eles acalentam dá aos pais autoridade sem autoritarismo.

Muitas vezes demonizamos as limitações dos nossos filhos. Cobramos demais, compreendemos de menos. Nossos filhos não serão a manifestação de todas as nossas realizações, ou a volta por cima das nossas próprias frustrações.

Educamos realmente quando escutamos o que os nossos filhos têm a dizer. Eles verbalizam sutilmente quem são, mas precisamos prestar atenção em suas linguagens emocionais. Eles falam pelo gestual, tagarelam pelo silêncio, e se revelam por suas escolhas.

Entre o que acreditamos que os nossos filhos são e a sua verdadeira identidade psíquica pode haver uma distância muito grande. Educar é partejar psicologicamente nossos filhos amando a essência que por vezes é diferente da forma social. 

Comparar seu filho com os próprios irmãos, ou com os filhos de outras pessoas é fragmentar a autoestima da criança ou do jovem. Certas falas geram lesões emocionais que podem levar nossos filhos a processos depressivos e de automutilação.

O histórico de acesso dos nossos filhos nas redes sociais, e as páginas que eles curtem na internet fala muito a respeito dos valores que eles têm dentro de si. É preciso ter olhos de ver, ouvidos de ouvir e coração para sentir para uma educação assertiva.

As crianças são seres sensíveis que captam toda amorosidade ou animosidade manifestada dentro do lar. Todas as palavras ditas, todas as ações praticadas contribuem para a estruturação emocional dos nossos filhos. 

Muitos pais têm muitas dificuldades em aceitar que os filhos sofram decepções com as próprias escolhas, e inadvertidamente asfixiam emocionalmente os filhos impedindo-os de desabrocharem sob o sereno das experiências humanas. Daí observarmos nesses dias crianças e jovens totalmente alienados e sem condições emocionais de tomarem decisão em situações corriqueira do cotidiano. 

Pais e professores são construtores de asas. Nossos filhos necessitam de duas asas para alçar o voo das próprias escolhas. A asa dos valores imperecíveis da ética e da moral, que a família constrói, e a asa da sabedoria construída pelos professores.