Éfeso era uma cidade muito importante nos tempos bíblicos. Ela foi a capital da província romana da Ásia e o maior centro comercial daquela região. A cidade de Éfeso chegou a ter mais de trezentos mil habitantes – uma verdadeira metrópole de sua época.
A cidade de Éfeso ficava localizada nas proximidades da costa oeste da Ásia Menor, no mar Egeu, na altura da foz do rio Cayster. Por conta de sua estrutura, importância e população, Éfeso chegou a ser a segunda maior cidade do Império Romano, ficando atrás somente de Roma.
A infraestrutura de Éfeso
A cidade de Éfeso era muito acessível. Por terra, Éfeso estava conectada por boas estradas às cidades mais importantes da Ásia. Por mar, Éfeso contava com um dos portos mais importantes de seu tempo. No porto de Éfeso chegavam e partiam os maiores navios da época.
Havia vários armazéns na cidade que se espalhavam pelas margens do rio. Os cidadãos de Éfeso também construíram um anfiteatro capaz de acomodar cerca de vinte e cinco mil pessoas.
Mas a construção que tornou Éfeso amplamente conhecida foi o seu templo dedicado à deusa grega Artemis – a deusa Diana para os romanos. O templo da deusa Diana de Éfeso foi considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo. O templo media cerca de três mil e quinhentos metros quadrados e contava com mais de cem colunas que alcançavam aproximadamente dezoito metros de altura.
A cidade de Éfeso também tinha outros edifícios monumentais. Entre eles estavam palácios romanos, luxuosas casas de banho, um templo dedicado à adoração ao imperador romano e a famosa Biblioteca de Celso.
Economia, cultura e religião da cidade de Éfeso
Éfeso era uma cidade rica, com uma economia próspera, e que no primeiro século também servia como centro administrativo para o governo romano. A cidade era um centro industrial e seu comércio lhe trazia muitas riquezas. Mas o sucesso econômico de Éfeso estava intimamente ligado aos seus assuntos religiosos. Então a cidade era conhecida não apenas por ser um centro econômico importante, mas também por ser um centro religioso de referência.
Na verdade a religião em Éfeso empregava muita gente e alimentava a economia da cidade – sobretudo com a fabricação de artefatos religiosos. O próprio Templo de Diana, por exemplo, era ao mesmo tempo um local de culto, uma casa do tesouro – um banco para depósitos e empréstimos de dinheiro –, e um museu. Mas as áreas adjacentes ao templo, bem como o próprio interior do templo, serviam como refúgio para criminosos. Ali se abrigavam livremente desde mercadores de escravos até ladrões.
As artes e a filosofia também de desenvolveram em Éfeso. Havia escolas de filosofia, teatros e bibliotecas. Nos tempos de domínio romano, a religião do Estado foi propagada em Éfeso em conexão com o culto de Artemis. Inclusive, havia um templo dedicado a promover o culto do imperador.
Contudo, os estudiosos dizem que os efésios tinham um nível moral bem baixo. Alguns falam dos habitantes da cidade como pessoas violentas, maldosas e libertinas, e que o comportamento promiscuo no templo era pior que o comportamento dos animais.
Éfeso na Bíblia
A cidade de Éfeso é citada muitas vezes na Bíblia Sagrada no Novo Testamento. No primeiro século muitos judeus moravam em Éfeso e ali conseguiram influência e riquezas. A comunidade judaica em Éfeso contava com a proteção romana, e inclusive chegou a construir sua própria sinagoga na cidade.
Na Bíblia lemos que o apóstolo Paulo levou o Evangelho de Cristo para Éfeso, causando uma série de problemas para aqueles que lucravam com o paganismo da cidade. Paulo visitou a cidade durante sua segunda viagem missionária quando seguia de Corinto para Jerusalém em aproximadamente 52 d.C. (Atos 18:19-21).