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Existe uma teoria chamada de Valor Subjetivo que foi abordada no episodio anterior, partindo desse pensamento vou falar um pouco sobre o valor de algumas coisas, algumas inclusive dizem não ter preço. Mas será mesmo que tudo tem um preço?
Se você tiver a curiosidade de conversar com alguém bem velhinho, tipo o vovô da esquina e lhe perguntar quais suas melhores lembranças perceberá que a imensa maioria dessas lembranças são na verdade momentos, momentos simples, momentos únicos, momentos marcantes. E analisando e imaginando as lembranças do vovô do ponto de vista financeiro vamos perceber que uma grande parte não custou nada ou quase nada. São lembranças do nascimento do filho, do primeiro beijo, do casamento, de um passeio, da infância, do abraço apertado e carinhoso do pai ou da mãe ou de ambos, da arenga inocente com o irmão e logo depois a reconciliação. Enfim, ser feliz de verdade, mas de verdade mesmo, sem hipocrisia, sem maldade, sem malicia ou consumismo custa muito pouco, as vezes não custa nada.
Lembra-se da teoria do valor subjetivo? Aquela que em resumo tenta explicar que os valores das coisas são diferentes de pessoa para pessoa? Pois bem, vou fazer mais uma pergunta. Quanto vale a sua felicidade e o que te deixa realmente feliz?
Dinheiro é importante, mas o filho prefere o pai ao dinheiro.
Dinheiro é importante, mas a esposa prefere sua presença e um abraço sincero e carinhoso.
Dinheiro é importante, mas sua mãe ou seu pai valorizam muito mais sua atenção e respeito.
Dinheiro é importante, mas pra quê serve o dinheiro mesmo?
O dinheiro é apenas uma ferramenta, aprenda sobre ele, tenha-o o máximo que puder, mas não tente usar o dinheiro como muleta para sua ausência, seu filho não aceitará suborno, ele ficará muito feliz com o brinquedo novo, mas logo verá que é muito melhor brincar com o pai na terra sentado no chão com uma pedrinha na mão imaginando ser um carro.
Sua esposa ficará feliz por algum tempo com o cartão de crédito com um limite generoso, mas cadê o marido, aquele que deveria ser também amigo e amante.
Não se iluda, dinheiro não traz felicidade.
Melhor é um bocado seco e com tranquilidade do que a casa farta de carnes e contendas. Sabe de quem são essas palavras? De Salomão, Provérbios 17:01
Que tal ouvir um música agora, mas não se iluda, você está ouvindo o Inovar Podcast, não vamos relaxar, vamos refletir.
Música Quanto Vale – na voz de Mano Reco
Quanto vale, seu carro muito louco e todo seu dinheiro, sua casa num bairro nobre enquanto o filho tá preso
Quanto vale, poder pagar tudo que o filho consome, escola, academia, mais o vizinho morre de fome
Quanto vale, a vida de trabalho, exemplo e boa conduta, enquanto sua mãe morre no hospital sem cura
Quanto vale, seu esmo, seu poder e toda sua fama, mas a paz que deseja ter não se compra com a grana
Quanto vale, as lágrimas doídas que molham seu rosto, por causa de um homem que só te traz desgosto
Quanto vale, sua vida inteira de trabalho, você tem tudo que você quer mais o seu filho é viciado
Quanto vale, poder resolver os problemas do amigo, mas não se é capaz de assumir seu próprio filho
Quanto vale, sua felicidade de momento, quando deita na cama, não dorme, é só tormento
O seu cordão de ouro, quando você morre não vale nada, muito menos sua moto ou sua casa mobiliada
Seu sentimento não tem que estar onde o ladrão rouba, quanto vale dentro do caixão a sua melhor roupa
O Nike Shox, não é todos que podem comprar, mais pensa bem irmão, de Bamba, você vai pra qualquer lugar
Quanto vale, todas boas coisas que se pede, comparado a um sorriso sincero de um pivete
Imagina se um dia você poder acordar,
