O professor Henrique Labaig – PUC GOIAS foca sua fala no Plano Diretor, área em que atua,
chamando a atenção da sociedade para que se inteirem da situação sobre o que está sendo
discutido e decidido e opinem no Plano Diretor que está na Comissão de Constituição e Justiça
e faz uma grave denúncia: “Há grandes interferências dos empresários, principalmente do
mercado imobiliário que estão interessados na expansão urbana, que por sua vez literalmente
leva por água abaixo o projeto de preservação do cerrado. Goiânia tem mais de oitenta cursos
d’água naturais e todos estão poluídos. O Plano Diretor e todas as ações políticas do Executivo
e Legislativo podem estabelecer certos limites de ocupação da cidade”.
Labaig que faz parte do Comitê da Bacia do Rio Paranaíba e do Rio Meia Ponte, enumera o
caos: “Falta chuva, falta água, o Cerrado está sendo destruído, falta mobilização, a penalização
não acontece e diante de tudo isso, (e muito mais) os componentes dos Comitês das Bacias
Hidrográficas ao invés de estarem de braços dados para somar forças para sanar os problemas,
estão literalmente em guerra, pois cada um quer puxar a brasa para beneficiar e/ou proteger o
Ele chama a atenção para mais algumas graves questões como o avanço nas produções
agrícolas sem avançarmos nos estudos dos recursos naturais, que são finitos e sobre a
desterritorialização destas áreas pelo camponês nativo e a reterritorialização pelo novo
modelo de ocupação, a monocultura.
O professor denuncia o perigo da implantação de Pequenas Centrais Hidrelétricas aqui em
Goiás, proposta que está em andamento e deixa o recado: “ A defesa das águas tem que ser de
todos”. A integração do GLOBAL passa pela compreensão dos SISTEMAS, assim como da
democratização. Enquanto as pequenas unidades produtoras não tiverem crédito para
produzir não se desenvolverá esta questão.
1- A comunidade deve reivindicar do poder público o investimento em melhorias para
sanar os problemas ambientais como sistemas eficazes de drenagem para evitar
alagamentos e perdas de áreas por erosões.
2- Implementação de projetos de conservação dos solos e a revitalização das bacias.
3- Mobilizar a sociedade com objetivos bem definidos sobre as alternativas de produção
como no caso a AGRICULTURA FAMILIAR por exemplo, que poderia ter um outro
sentido a partir do momento que isso representasse algo interessante para a