A convivência entre mulheres quase sempre é um desafio, seja nas relações sociais, profissionais, familiares e afetivas. Mas é certo também que se revela como possibilidade de crescimento e transformação. É na coletividade que aprendemos a nos reconhecer, delimitar nosso espaço e também honrar a sacralidade das mulheres que caminham conosco. Já na antiguidade mulheres caminhavam juntas como guardiãs do sustento da vida, no tecer das vestimentas, no preparo dos alimentos ou na conexão com seus ciclos. Nesses espaços ancestrais a vida criativa acontecia. Hoje nós mulheres sentimos uma necessidade de resgatar, construir ou ressignificar esses espaços. Mas tão desafiador quanto sustentar esse movimento é alimentar e honrar nossa autenticidade. Eu penso a autenticidade como a expressão da nossa verdade com leveza, legitimar quem eu sou de forma espontânea e genuína. Nesse processo de ressignificação do feminino, caminhar com mulheres é fundamental para a consciência e retomada do nosso poder pessoal. Mas dentro desse caminho não podemos esquecer da autenticidade, desenvolver a capacidade de não nos perdermos de quem somos. Nós Mulheres, não precisamos desistir de caminhar juntas, mas é importante nunca desistir de expressar a verdade do nosso coração.
@rachelcristinagomes