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Ricardo Kanitz é o fundador da Spectra Investimentos, o maior fundo de fundos em ativos ilíquidos da América Latina. Além de atuar em diversas classes de investimento, a Spectra investe em Venture Capital, sendo reconhecida como um dos principais LPs da região e é um nódulo central de recursos no ecossistema desde a incepção do mercado.
Neste episódio, discutimos como identificar um gestor de excelência, o futuro do Venture Capital no Brasil, a importância de equilibrar intuição e dados na tomada de decisões e os desafios de empreender com alocação de capital.
Escute agora no Spotify, Apple ou Youtube.
Este episódio só é possível graças aos nossos parceiros:
* Salvy: A operadora que está revolucionando a telefonia para empresas. (https://www.salvy.com.br/startups)
* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br/)
(Inscreva-se no canal do youtube).
Principais Insights.
* Centro de Custo vs. Centro de Lucro
* O conceito: Classificar pessoas e áreas como geradoras de despesa (custo) ou receita (lucro) promove transparência no uso de recursos e facilita a avaliação de prioridades.
* Aplicação prática: Se uma startup ou fundo não balanceia esses dois “centros”, pode ficar sobrecarregada de custos, atrasar inovação ou perder oportunidades de crescimento.
* Os valuations estão caros em startups?
* Carta Polêmica de 2024: Uma carta da Spectra, que acabou vazando, afirmava que “os múltiplos de venture capital não fazem sentido no Brasil”. O argumento central é que temos um mercado significativamente menor que o dos Estados Unidos, porém muitas startups brasileiras alcançam valuations semelhantes aos americanos.
* Descolamento e Pressão nos Retornos: Esse “descolamento” pressiona a geração de bons resultados para os fundos, pois o potencial de exit aqui é menor — e se torna mais difícil justificar valuations elevados.
* Oportunidades e limitações dos Nichos: Além disso, setores de altíssimo impacto — como o bancário — já foram explorados. Hoje, a maioria das empresas surge em nichos menores, o que limita o potencial de retorno e, em tese, deveria também limitar o valuation. Não é o que Kanitz tem visto em muitas rodadas recentes, gerando preocupação sobre a sustentabilidade das precificações.
* Escolhendo Gestores
* Competências técnicas: O right to play é que a gestora faça muito bem o processo produtivo do Venture Capital. “O que esses talentos precisam saber fazer? Originar oportunidades, analisar, negociar, tocar e vender.” (Ricardo Kanitz)
* Fator cultural: O right to win é mais complexo. É preciso avaliar como o gestor lida com riscos e relacionamentos, analisar a estabilidade da equipe, a transparência nos processos e a capacidade de atrair bons empreendedores.
* Posicionamento estratégico: Gestores que se especializam em nichos ou que trazem algo exclusivo (network, reputação ou conhecimento setorial) tendem a obter retornos mais consistentes.
* As três estratégias de sucesso para um fundo de VC no Brasil:
* Ser o Gestor Líder e Melhor Marca: O gestor mais conhecido e com melhor marca tende a ganhar os melhores deals.
* Ser o Especialista no Nicho: Em nichos específicos e menos saturados, se tornar o sinônimo de expertise e “value add” tem muito valor e atrai empreendedores que buscam conhecimento aprofundado.
* Investir em Software Global: Se o TAM do Brasil é limitado, fundos que investem empresas realmente de tecnologia que podem ser globais tem uma estratégia forte.
* Intuição e Dados
* Data-driven: A Spectra é uma gestora que prioriza captar dados proprietários e usar como insumo para as decisões.
* Processo de decisão: Dados ajudam a reduzir vieses e mostram tendências passadas, mas não capturam todo o cenário. O Kanitz argumenta que a sabedoria é usar intuição em cima dos dados captados. Não são excludentes, mas complementares.
* Perigos de extremos: Tomar decisões apenas por “feeling” ignora métricas essenciais. Por outro lado, ser refém de planilhas pode desperdiçar percepções de mercado e relacionamentos valiosos.
Capítulos:
(00:00) O episódio(03:09) Trajetória: Da USP à Criação da Spectra(10:12) Escolhendo Gestores e Centro de Custo vs. Centro de Lucro(26:10) Intuição e Dados: A Base das Decisões na Spectra(29:56) Valuations Caros e os Desafios dos Exits no Brasil(41:12) Crescimento do Mercado de VC: De 2017 a 2024 – avanços e contradições(45:10) Gestão de Portfólio: Estratégias para equilibrar risco e retorno(48:09) Três Estratégias de Sucesso para Fundos de VC no Brasil(50:52) Sobre nichos vs aglomeradores de capital(57:10) Lições de gestão e estratégias para o sucesso no setor(1:00:00) Considerações finais
Saiba mais sobre o convidado e a Spectra:
https://spectrainvest.com/
https://www.linkedin.com/in/ricardo-kanitz-6454983/?originalSubdomain=br
Ricardo Kanitz é o fundador da Spectra Investimentos, o maior fundo de fundos em ativos ilíquidos da América Latina. Além de atuar em diversas classes de investimento, a Spectra investe em Venture Capital, sendo reconhecida como um dos principais LPs da região e é um nódulo central de recursos no ecossistema desde a incepção do mercado.
Neste episódio, discutimos como identificar um gestor de excelência, o futuro do Venture Capital no Brasil, a importância de equilibrar intuição e dados na tomada de decisões e os desafios de empreender com alocação de capital.
Escute agora no Spotify, Apple ou Youtube.
Este episódio só é possível graças aos nossos parceiros:
* Salvy: A operadora que está revolucionando a telefonia para empresas. (https://www.salvy.com.br/startups)
* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br/)
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Principais Insights.
* Centro de Custo vs. Centro de Lucro
* O conceito: Classificar pessoas e áreas como geradoras de despesa (custo) ou receita (lucro) promove transparência no uso de recursos e facilita a avaliação de prioridades.
* Aplicação prática: Se uma startup ou fundo não balanceia esses dois “centros”, pode ficar sobrecarregada de custos, atrasar inovação ou perder oportunidades de crescimento.
* Os valuations estão caros em startups?
* Carta Polêmica de 2024: Uma carta da Spectra, que acabou vazando, afirmava que “os múltiplos de venture capital não fazem sentido no Brasil”. O argumento central é que temos um mercado significativamente menor que o dos Estados Unidos, porém muitas startups brasileiras alcançam valuations semelhantes aos americanos.
* Descolamento e Pressão nos Retornos: Esse “descolamento” pressiona a geração de bons resultados para os fundos, pois o potencial de exit aqui é menor — e se torna mais difícil justificar valuations elevados.
* Oportunidades e limitações dos Nichos: Além disso, setores de altíssimo impacto — como o bancário — já foram explorados. Hoje, a maioria das empresas surge em nichos menores, o que limita o potencial de retorno e, em tese, deveria também limitar o valuation. Não é o que Kanitz tem visto em muitas rodadas recentes, gerando preocupação sobre a sustentabilidade das precificações.
* Escolhendo Gestores
* Competências técnicas: O right to play é que a gestora faça muito bem o processo produtivo do Venture Capital. “O que esses talentos precisam saber fazer? Originar oportunidades, analisar, negociar, tocar e vender.” (Ricardo Kanitz)
* Fator cultural: O right to win é mais complexo. É preciso avaliar como o gestor lida com riscos e relacionamentos, analisar a estabilidade da equipe, a transparência nos processos e a capacidade de atrair bons empreendedores.
* Posicionamento estratégico: Gestores que se especializam em nichos ou que trazem algo exclusivo (network, reputação ou conhecimento setorial) tendem a obter retornos mais consistentes.
* As três estratégias de sucesso para um fundo de VC no Brasil:
* Ser o Gestor Líder e Melhor Marca: O gestor mais conhecido e com melhor marca tende a ganhar os melhores deals.
* Ser o Especialista no Nicho: Em nichos específicos e menos saturados, se tornar o sinônimo de expertise e “value add” tem muito valor e atrai empreendedores que buscam conhecimento aprofundado.
* Investir em Software Global: Se o TAM do Brasil é limitado, fundos que investem empresas realmente de tecnologia que podem ser globais tem uma estratégia forte.
* Intuição e Dados
* Data-driven: A Spectra é uma gestora que prioriza captar dados proprietários e usar como insumo para as decisões.
* Processo de decisão: Dados ajudam a reduzir vieses e mostram tendências passadas, mas não capturam todo o cenário. O Kanitz argumenta que a sabedoria é usar intuição em cima dos dados captados. Não são excludentes, mas complementares.
* Perigos de extremos: Tomar decisões apenas por “feeling” ignora métricas essenciais. Por outro lado, ser refém de planilhas pode desperdiçar percepções de mercado e relacionamentos valiosos.
Capítulos:
(00:00) O episódio(03:09) Trajetória: Da USP à Criação da Spectra(10:12) Escolhendo Gestores e Centro de Custo vs. Centro de Lucro(26:10) Intuição e Dados: A Base das Decisões na Spectra(29:56) Valuations Caros e os Desafios dos Exits no Brasil(41:12) Crescimento do Mercado de VC: De 2017 a 2024 – avanços e contradições(45:10) Gestão de Portfólio: Estratégias para equilibrar risco e retorno(48:09) Três Estratégias de Sucesso para Fundos de VC no Brasil(50:52) Sobre nichos vs aglomeradores de capital(57:10) Lições de gestão e estratégias para o sucesso no setor(1:00:00) Considerações finais
Saiba mais sobre o convidado e a Spectra:
https://spectrainvest.com/
https://www.linkedin.com/in/ricardo-kanitz-6454983/?originalSubdomain=br