Tenho sede - João 19.28

A mensagem deste texto é profundamente ampliada quando nos lembramos de João 1,3. Muitas coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Ele fez rios, mares, lagos e precisa de um copo d'água. É a quinta palavra de Jesus na cruz. No momento em que, segundo os estudiosos médicos, a febre é intensa e a morte é iminente, ele sente sede. Vendo que tudo já estava consumado, para que se cumprisse a Escritura, disse: "Tenho sede". Além da tragédia e do impacto emocional que isso pode trazer, qual é o ensinamento real para a nossa vida? Como podemos refletir e nos posicionar diante de Deus?

A mensagem nos mostra a perfeita humanidade e divindade de Jesus. Sua figura teve um impacto enorme no ambiente religioso de sua época. Foi difícil para os judeus, que esperavam o Messias há séculos, entender que tipo de Messias era este. João até diz: "Veio para o que era seu, e os seus o rejeitaram". Mesmo o grupo que creu nele e se comprometeu com ele teve dificuldades em compreender todo o ensinamento de sua pessoa. O impacto da pessoa de Jesus na humanidade foi tão grande que a igreja só conseguiu compreender todo o significado de sua pessoa pelo segundo século da história da igreja, quando conseguiu cristalizar o que se chama em teologia de cristologia - todo o ensino sobre a pessoa de Cristo.

De repente, a humanidade descobre que o Deus infinito entrou no espaço físico de um corpo, que o Deus eterno entrou no tempo e que o Deus eterno experienciou a morte. Isso era algo que excedia toda a compreensão e ainda é um profundo desafio, mesmo depois de dois milênios de cristianismo. O texto também nos fala da intensidade do sofrimento de Jesus Cristo. Foram seis horas de crucificação. Antes, Ele fora espancado, com os pés e as mãos rasgados. Todo o peso do corpo pendia de mãos e não tinha como se apoiar nos pés. A sede era efeito da febre. Esta foi uma jornada escrita há oito séculos para conseguir a nossa salvação.

Na caverna da depressão - Salmo 142

A mensagem expressa no Salmo 142 retrata o clamor de Davi ao Senhor enquanto se encontrava na caverna, em meio a perigo iminente e profunda aflição. Sentindo-se abandonado e perseguido, ele clama a Deus por refúgio e libertação. Apesar de sua angústia, Davi demonstra confiança na soberania divina e destaca a importância de manter uma postura de oração e entrega diante de Deus, compartilhando abertamente seus sentimentos. Ele revela a sua situação desesperadora e a intensidade de sua aflição, ressaltando a importância de confiar em Deus em tempos de adversidade.

Davi se vê encurralado por seus perseguidores, sentindo-se mais fraco do que seus oponentes. No entanto, mesmo em meio a essa situação desesperadora, ele se volta para Deus em busca de socorro e proteção. O Salmo destaca a importância de não mascarar as emoções diante de Deus, permitindo-se expressar a angústia e o desespero em oração. Davi demonstra sua confiança em Deus ao pedir libertação e reconhece que somente através da intervenção divina poderá ser resgatado e fortalecido. O relato evidencia a importância de reconhecer a soberania de Deus e confiar em Sua proteção mesmo nos momentos mais difíceis.

Veja cada um como edifica - 1 Coríntios 3.9-15

Essa é uma mensagem sobre a primeira carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 3, versículos 9-15, que aborda temas fundamentais sobre a construção da Igreja. Ele enfatiza a importância de Cristo como o único fundamento e adverte sobre a qualidade dos materiais utilizados na edificação espiritual. Ele rejeita a ideia de rivalidade entre os líderes e destaca a necessidade de os crentes avaliarem cuidadosamente suas contribuições para a igreja. Ele alerta que o dia do juízo provará a qualidade do trabalho de cada um, incentivando os cristãos a edificar a igreja de Cristo com materiais duráveis e valiosos.

A igreja é os seus membros - 1 Coríntios 12.7

A manifestação do espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso. É crucial compreender que a igreja, no Novo Testamento, refere-se às pessoas, não a edifícios ou instituições. A mensagem ressalta que Deus habita nos seres humanos, não em estruturas físicas. Além disso, enfatiza a responsabilidade da igreja em cuidar de si mesma e alcançar o mundo perdido, com Deus como prioridade suprema. A reflexão destaca a importância de evitar pacotes prontos e personalismos, concentrando-se nas necessidades individuais das igrejas e em sua missão coletiva.

As dimensões do crescimento da Igreja - Atos 9.31

A igreja desfrutava de paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor. No conforto do Espírito Santo, ela crescia em número.

No capítulo 10, o Livro de Atos inicia uma nova seção. O cristianismo, antes essencialmente judaico, passa a acolher os gentios, ampliando sua universalidade a partir do próximo capítulo. O capítulo 9 serve como uma transição, levando a igreja de uma seita judaica a abraçar o gentilismo.

O capítulo começa com a conversão de um perseguidor da igreja, um líder fariseu. Os fariseus eram conhecidos por sua teologia fechada e, inclusive, por sua postura racista, negando a presença de outras etnias em sua fé. No entanto, o líder fariseu se converte, transformando a face judaica do cristianismo em uma abordagem mais universal.

No versículo lido, 31, o autor do Livro de Atos, Lucas, resume tudo o que ocorreu até então. A mensagem é sintética, refletindo sobre a jornada da igreja antes de narrar uma nova fase em sua história. A igreja desfrutava de paz, caminhava no temor do Senhor e no conforto do Espírito Santo, e crescia em número. Lucas destaca as quatro dimensões do crescimento da igreja.

Por que me desamparaste ? - Mateus 27.4 -

A conversa aborda a importância de Jesus e o conceito de divindade, fazendo referência frequente ao Salmo 22. Há uma exploração profunda do pecado e do significado simbólico da cruz, enfatizando a ideia de abandono e zombaria sofridos por Jesus. O discurso mergulha nas profundezas do sofrimento e do compromisso demonstrado por Jesus ao cumprir sua missão divina, destacando a magnitude de seu sacrifício. A discussão enfatiza a jornada espiritual que as pessoas empreendem ao compreender e abraçar os ensinamentos de Jesus, incentivando uma profunda contemplação da fé e das profundas implicações de sua vida e ensinamentos. Ao longo da conversa, há ênfase na complexidade da experiência humana e nas verdades espirituais que fundamentam a condição humana, fornecendo insights sobre o poder transformador da fé e o legado duradouro da vida e mensagem de Jesus.

O crescimento é de dentro para fora - Atos

A mensagem aborda a relação dos evangélicos com a sociedade, destacando a falta de impacto transformador apesar do crescimento numérico. O orador expressa preocupação com a discrepância entre a cultura evangélica e a cultura mundial, questionando o efeito do evangelho na sociedade. Ele enfatiza a importância da igreja ser espiritualmente digna antes de disseminar o Evangelho. Destaca a responsabilidade de cada membro da igreja no crescimento da mesma, enfatizando que o pastor é um ajudante e não o executor exclusivo da missão da igreja. A mensagem faz referência a exemplos de evangelização eficaz através da ação de indivíduos comuns e destaca a necessidade de uma vida espiritual regular, não limitada apenas aos domingos. Conclui ressaltando a importância de cada membro cuidar de sua vida pessoal e espiritual, com um chamado à ação para a igreja como um todo.

Essencialmente, a mensagem questiona a falta de transformação da sociedade apesar do crescimento numérico das igrejas evangélicas, enfatizando a responsabilidade de cada membro no fortalecimento espiritual e na disseminação do Evangelho.

Hoje estarás comigo no paraíso - Lucas 23.39-43

Nessa mensagem ênfase recai sobre a promessa de Jesus, expressa na passagem de Lucas 23:39-43, na qual um dos malfeitores crucificados pede a Jesus para lembrar-se dele em Seu reino, ao que Jesus responde: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso". A narrativa destaca o significado da cruz, a importância da fé e do arrependimento, enfatizando que a salvação vem da misericórdia de Jesus e não pelas obras.

A ênfase é na palavra - João 17.17

No capítulo 17 do Evangelho de João, versículo 17, destaca-se o chamado à santificação por meio da verdade, identificando a Palavra como esse alicerce de verdade. Explorando essa base, o orador direciona a atenção a uma interessante jogada de palavras encontrada na primeira carta de Pedro. Ele revela como Pedro usa o termo grego "Logos" em diferentes contextos, traduzindo-o como "Palavra" e "espiritual". Pedro emprega uma analogia infantil, comparando o nascimento e a alimentação das crianças com o renascimento espiritual e a nutrição contínua pela Palavra. Ele enfatiza a importância de crescer espiritualmente e não estagnar.

O orador, posteriormente, ressalta a necessidade crucial de manter a igreja centrada na Bíblia, como fonte essencial de orientação e crescimento espiritual. Ele adverte sobre o perigo de desviar-se para práticas não bíblicas, como o foco exagerado em técnicas de mercado, em detrimento dos princípios fundamentais das escrituras. Ele destaca a importância de manter a igreja como um corpo de Cristo fundamentado e apaixonado pela palavra de Deus.

O desafio continua - Deuteronômio 6.6,7,12

Refletir sobre a trajetória espiritual e o compartilhamento da fé de geração em geração é o desafio contínuo que enfrentamos. A essência está em internalizar os ensinamentos divinos, tornando-os vivos não apenas em nossas vidas, mas também nas vidas de nossos descendentes. No livro de Deuteronômio, duas palavras-chave - lembrar e não esquecer - destacam a importância de manter viva a memória das intervenções divinas em nossas vidas e de permanecer conscientes de Sua palavra.

Ao adentrar uma era de paganismo e rituais complexos, a comunidade deveria ter profundamente gravada em suas mentes as experiências passadas, a fim de evitar que tais memórias se dissipassem. No entanto, a transmissão da fé não é um processo garantido, pois muitas vezes a vivência do passado tende a desvanecer-se com o tempo, exigindo esforços constantes para mantê-la viva.

Dentro de uma família, a fé e o fervor muitas vezes diminuem ao longo das gerações. Enquanto a primeira geração frequentemente experimenta uma transformação radical, as gerações posteriores podem ser menos apaixonadas. A passagem de valores e experiências cristãs, portanto, torna-se um desafio crucial para garantir a preservação da fé ao longo das gerações.

Analogamente, a essência do ensino e da educação religiosa estende-se para além das instituições eclesiásticas, envolvendo uma partilha de experiências e vivências cotidianas. Isso implica viver a Palavra de Deus não apenas em contextos eclesiásticos, mas também em casa e na comunidade. Os pais desempenham um papel fundamental como evangelistas, sendo os principais responsáveis por inculcar os princípios da fé e do Evangelho nos corações e mentes de seus filhos, tanto em casa quanto em público.

Tendo em vista a transitoriedade das experiências pessoais, a importância de cultivar uma consciência constante de Deus e de Sua palavra torna-se ainda mais evidente. A necessidade de viver a fé em todos os aspectos da vida, tanto nas esferas privadas quanto nas públicas, não pode ser subestimada. Este desafio de transmitir a fé, portanto, deve ser abraçado e atendido com dedicação e comprometimento, a fim de preservar os ensinamentos sagrados para as gerações futuras.