
Sign up to save your podcasts
Or
Destino trágico da localidade de Itaúnas, no Estado do Espírito Santo:
desaparecer do mapa, soterrada por gigantescos dunas — No decorrer da História registraram-se vários casos de sepultamento de edifícios ou cidades pelas montanhas de areia, em diversas portes do mundo — Situação atual em ltaúnas: um Sahara em miniatura.
Texto ele ARLINDO SILVA;
Fotos de RICHARD SASSO;
No extremo norte do Estado do Espírito Santo, a cêrca de nove quilômetros da fronteira da Bahia, existe uma cidadezinha cujo destino é o mais dramático possível: morrer aos poucos soterrada por colossais montanhas de areia, numa agonia lenta e irremediável.
Chama-se Itaúnas, e é a última localidade capixaba antes da divisa baiana. Acima de Itaúnas não há estrada de rodagem, e quem se aventurar por aqueles sertões, terá de se valer do lombo de burro para chegar à fronteira baiana.
Do ar, já conhecíamos Itaúnas, porque há três ou quatro meses atrás, viajando para o Norte num Curtiss do "Lóide Aéreo", o comandante da aeronave, nosso velho amigo Niemeyer, a certa altura aproximou-se de nossa poltrona, dizendo: — "Venha um instante até a cabina. Vou lhe mostrar um
Destino trágico da localidade de Itaúnas, no Estado do Espírito Santo:
desaparecer do mapa, soterrada por gigantescos dunas — No decorrer da História registraram-se vários casos de sepultamento de edifícios ou cidades pelas montanhas de areia, em diversas portes do mundo — Situação atual em ltaúnas: um Sahara em miniatura.
Texto ele ARLINDO SILVA;
Fotos de RICHARD SASSO;
No extremo norte do Estado do Espírito Santo, a cêrca de nove quilômetros da fronteira da Bahia, existe uma cidadezinha cujo destino é o mais dramático possível: morrer aos poucos soterrada por colossais montanhas de areia, numa agonia lenta e irremediável.
Chama-se Itaúnas, e é a última localidade capixaba antes da divisa baiana. Acima de Itaúnas não há estrada de rodagem, e quem se aventurar por aqueles sertões, terá de se valer do lombo de burro para chegar à fronteira baiana.
Do ar, já conhecíamos Itaúnas, porque há três ou quatro meses atrás, viajando para o Norte num Curtiss do "Lóide Aéreo", o comandante da aeronave, nosso velho amigo Niemeyer, a certa altura aproximou-se de nossa poltrona, dizendo: — "Venha um instante até a cabina. Vou lhe mostrar um